segunda-feira, 28 de maio de 2012

Feira do Livro em Berlim censura livro


Um dos maiores exemplos de censura à liberdade de expressão e pensamento está sendo dado pela Feira do Livro de Berlim, que acontece nos próximos dias 15, 16 e 17 de junho na capital alemã. O livro “Meia noite em Mavi Mármara” escrito por 50 autores consagrados mundialmente, entre eles Alice Walker, Stephem Kinzer, Noam Chomsky, Stephen M. Walt, Ilan Pappé, entre outros, foi censurado, a pedido do governo israelense e organizações racistas judaico sionistas.
O livro foi editado por Mustafa Bayoumi e publicado pela editora Laika, na cidade alemã de Hamburgo, reunindo informes e textos sobre o ataque militar israelense contra os manifestantes pacifistas que ocupavam o barco Mavi Mármara, integrante da Flotilha da Liberdade, que levava alimentos e medicamentos aos palestinos da Faixa de Gaza em 31 de maio de 2010. Os palestinos estavam sendo mantidos em um verdadeiro campo de concentração, impedidos de receber água, alimentos e medicamentos. Diversos movimentos pacifistas internacionais se uniram para furar o bloqueio imposto por Israel – bloqueio este cínica e covardemente ignorado pelas Nações Unidas. No ataque militar israelenses foram assassinados 9 militantes pacifistas turcos e outros 50, de várias nacionalidades, ficaram feridos.
Em resposta à hipócrita decisão dos organizadores da Feira do livro de Berlim, a editora Laika manifestou boicote à Feira, que coincide com o aniversário do ataque israelense aos pacifistas internacionalistas.
Qualquer outro país do mundo que ousasse censurar um livro de escritores mundialmente famosos seria duramente atacado pela mídia ocidental e pelas Nações Unidas. Entretanto, por tratar-se de Israel, país convertido em base militar norte-americana para roubar petróleo árabe, o crime contra a liberdade de expressão segue impune, e a Alemanha se comporta como um país militarmente ocupado pelas forças do imperialismo norte-americano, cujo povo não tem soberania nem mesmo para defender a liberdade de expressão em seu próprio território, se submetendo a uma censura estúpida e covarde, que envergonha qualquer país ou nação do mundo, por menor que seja.
A Alemanha é hoje um país ocupado por bases militares norte-americanas, e como tal se comporta, dobrando os joelhos e se submetendo aos caprichos e ordens do sionismo internacional e do imperialismo.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

A verdade sobre a morte de Bin Laden finalmente apareceu

As ações cinematográficas – e mentirosas – do imperialismo norte-americano não sobreviveram mais que alguns meses. Finalmente acaba de ser revelada a verdade sobre a morte de Bin Laden, o saudita que se transformou em inimigo público número 1 dos EUA, embora no passado a Al Qaeda tenha sido financiada e recebido armamento dos norte-americanos.
As mentiras de Obama e CIA sobre a morte de Bin Laden estavam cheias de lacunas, entre elas a falta de fotografias ou filmagens que comprovassem a ação dos norte-americanos violando o espaço aéreo e a soberania do Paquistão. A falta de provas sempre levantou suspeitas sobre a verdade dos fatos.
O líder da Al Qaeda morreu de causas naturais na Chechênia, cinco anos antes dos EUA anunciarem que o haviam assassinado para melhorar a imagem de Obama na atual campanha presidencial nos EUA. A revelação partiu de um ex-agente da CIA na Chechênia, Bekan Yashar, durante entrevista ao Canal Um da Rússia na semana passada.
Ele confirmou que conheceu pessoalmente três guarda-costas de Bin Laden na Chechênia, que o protegeram até sua morte, e foram testemunhas de seu falecimento em 26 de junho de 2006.
“Inclusive se todo o mundo acredita na versão norte-americana, eu não posso acreditar, porque conheço pessoalmente os chechenos que o protegiam, são eles: Sami, Mahmood e Ayub, e o acompanharam até o final de sua vida” O ex-agente da CIA detalhou que “somente esses três chechenos, seguindo sua última vontade, o enterraram nas montanhas fronteiriças entre Paquistão e Afeganistão”.
Yashar disse que a CIA sequestrou um dos quarda-costas de Bin Laden, Sami, e o torturou para que revelasse o local onde estava sepultado o ex-chefe da Al Qaeda. “Não houve nenhum assalto à residência de Bin Laden por militares. Eles apenas encontraram a tumba, desenterraram Bin Laden e, na impossibilidade de apresentar fotografias do corpo em avançado estado de decomposição – o que seria revelado por peritos -, montaram uma farsa e apresentaram à opinião pública mundial como uma grande vitória”, afirmou.
Segundo o governo dos EUA, forças norte-americanas realizaram uma operação bem sucedida em 2 de maio de 2011 para capturar e assassinar Bin Laden em sua residência em Abottabad, no Paquistão.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A greve de fome dos palestinos

Em 17 de abril, 3.500 presos palestinos deram início a um novo protesto nos presídios de Israel. A mídia colonizada, que parece uma sucursal da Mossad, quase não tocou no assunto
Altamiro Borges
Quando algum preso cubano faz greve de fome, a notícia é manchete nos jornalões e destaque nos telejornais. Willian Waack, da TV Globo, faz sua cara de repulsa. Em 17 de abril, 3.500 presos palestinos se recusaram a receber um prato de comida e deram início a um novo protesto nos presídios de Israel. A mídia colonizada, que parece uma sucursal da Mossad, quase não tocou no assunto.
Segundo as agências de notícias, a greve de fome de mais de dois terços dos cerca de 4.600 detidos em Israel foi seguida por atos de solidariedade dos seus familiares e amigos nas ruas de Gaza e da Cisjordânia. Os protestos marcam o “Dia do Preso Palestino”, celebrado todos os anos em 17 de abril. Desta vez, porém, 1.200 presos se declararam em greve de fome permanente.
A atual greve de fome começou em 17 de abril e os grevistas prometem levá-la até que as suas reivindicações sejam atendidas. Um número estimado em 1,2 mil detentos uniu-se a outros 2,3 mil que já recusavam alimentação e que há quase um mês deram início a uma campanha de desobediência: não usam uniforme e não respondem às chamadas quando os soldados realizam a contagem dos prisioneiros nas celas. Ao todo 3,5 mil detentos participam da greve.
E menos de uma semana depois do início da greve, o serviço prisional de Israel já começou a puni-los. Foram cortados “privilégios” como visitas de familiares. Além disso, foi proibido a entrada de objetos pessoais, como os eletrônicos. Essa informação foi dada dia 23 de abril por Sivan Weizman, uma porta-voz do serviço prisional de Israel.
Diante das manifestações, o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Salam Fayyad, recusou-se a receber, de última hora, o dirigente israelense Benjamin Netanyahu para mais uma rodada de “negociações”. Nem teria cabimento receber o carniceiro e chefão dos presídios de Israel em pleno Dia do Preso Palestino.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Rússia se prepara para a guerra dos EUA e Israel ao Irã


A Rússia empreendeu uma ampla preparação nos últimos meses para um possível ataque militar por Israel e pelos Estados Unidos contra o Irã. De acordo com relatórios recentes, o Estado-Maior russo espera uma guerra contra o Irã neste verão, com enormes implicações não só no Oriente Médio, mas também no Cáucaso. Foram tecnicamente atualizadas as tropas russas no Cáucaso, e foi criada a toque de caixa a divisão de mísseis no Mar Cáspio. Mísseis de cruzeiro na frota do Mar Cáspio agora estão localizados na costa do Daguestão. A única base militar russa no Cáucaso do Sul, instalado na Armênia, também se prepara para o confronto militar. No outono passado, a Rússia enviou seu porta-aviões Kuznetsov ao porto sírio de Tartus após a escalada de conflitos na Síria. Especialistas acreditam que a Rússia apoiaria a Teerã, em caso de guerra, pelo menos militarmente e tecnicamente.

Em um comentário em abril, o general Leonid Ivashov, presidente da Academia de Ciências Geopolíticas, escreveu que "uma guerra contra o Irã seria uma guerra contra a Rússia" e defendeu uma "aliança político-diplomático" com a China e a Índia. As operações foram realizadas em todo o Oriente Médio para desestabilizar a região e tomar medidas contra a China, Rússia e Europa. Sobre a guerra contra o Irã, Ivashov escreveu que esta guerra poderia "vir a nossas fronteiras, desestabilizar a situação no Cáucaso do Norte e enfraquecer nossa posição na região do Mar Cáspio."

Entre as principais preocupações de Moscou são as conseqüências para o Sul do Cáucaso, no caso de uma guerra contra o Irã. A Armênia é o único aliado do Kremlin na região e tem estreitos laços econômicos com o Irã, enquanto a vizinha Geórgia e o Azerbaijão mantem laços militares e econômicos com os Estados Unidos e Israel.

Os temores do Kremlin, acima de tudo, são de que o Azerbaijão possa participar de uma aliança militar com Israel e os Estados Unidos contra o Irã. O Azerbaijão faz fronteira com o Irã, Rússia, Armênia e Mar Cáspio e, desde meados de 1990 tem sido um importante aliado econômico e militar dos Estados Unidos no Cáucaso do Sul, hospedando várias bases militares dos EUA.

As relações entre Irã e Azerbaijão já estão tensas. Teerã acusou repetidamente Baku de participar de ataques e atos de sabotagem, financiados e em colaboração com as agências de inteligência israelenses e norte-americanas.Nos últimos anos, o Azerbaijão dobrou seus gastos militares, e em fevereiro de assinou um acordo de armas com Israel de US $ 1.600 milhões, incluindo o fornecimento de aviões e sistemas de mísseis de defesa.

Citando a administração Obama, no final de março, o assessor Mark Perry disse à revista Foreign Baku que havia autorizado o acesso de Israel a várias bases aéreas na fronteira norte do Irã, que poderiam ser usadas para um ataque aéreo contra Teerã. A revista cita um alto funcionário do governo: "Os israelenses compraram um aeroporto no Azerbaijão." Perry advertiu que "os planejadores militares devem agora considerar um teatro de guerra, incluindo não só no Golfo Pérsico, mas também no Cáucaso."

O governo de Baku imediatamente negou o relatório, mas o editor do Azerbaijão da Neue Zeit, Shakir Gablikogly, sugeriu que o Azerbaijão poderia ser arrastado para uma guerra contra o Irã.

Mesmo que o Azerbaijão não seja o ponto de partida para um ataque israelense ao Irã, há o perigo de uma escalada de guerras militares de outros conflitos, disputas territoriais entre a Armênia e o Azerbaijão sobre o Nagorno-Karabakh. A região tem sido independente desde o fim da guerra civil em 1994, mas o governo de Baku, os EUA e o Conselho Europeu insistem em considerar a si mesmos como parte do Azerbaijão. Nos últimos dois anos, não foram repetidos conflitos de fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, e os comentaristas advertiram que a disputa poderia levar a uma guerra com a Rússia, os Estados Unidos e o Irã.

Em uma entrevista recente com a Rússia Komsomolskaya Pravda, o especialista em assuntos militares Mikhail Barabanov disse que os conflitos na região pós-soviética poderia levar a uma intervenção militar na Rússia. Qualquer intervenção na região pelos EUA ou o poder da OTAN poderá contribuir para a "o inevitável risco de uso de armas nucleares." A Rússia tem o maior arsenal nuclear do mundo depois dos Estados Unidos.

Devido à sua importância geo-estratégica, a Eurásia se tornou o epicentro de rivalidades econômicas e políticas e conflitos militares entre os EUA e a Rússia após o colapso da União Soviética. Azerbaijão, Geórgia e Armênia são uma ponte entre os ricos recursos naturais da Ásia Central e do Mar Cáspio por um lado, e a Europa e o Mar Negro, do outro.

Desde 1990 os EUA tentaram ganhar influência na região através de parcerias econômicas. Em 1998, o futuro vice presidente dos EUA Richard Cheney, então presidente-executivo da gigante do petróleo Halliburton, disse: "Eu não me lembro do tempo em que uma região tão rapidamente tenha obtido essa enorme importância estratégica, como aconteceu com o Mar Cáspio".

Em seu livro The Grand Chessboard (O Grande Tabuleiro de Xadrez) (1998), o judeu sionista Zbigniew Brzezinski, conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, escreveu: "Um poder que dominar a Eurásia viria a controlar dois terços das regiões economicamente mais produtivas do mundo. Na Eurásia, há cerca de três quartos dos recursos energéticos conhecidos do mundo. "

A importância central da região é que é um ponto de trânsito para o abastecimento de energia para a Europa e Ásia, na fronteira com a Rússia. Ao apoiar projetos de gasodutos alternativos, Washington tentou manipular e minar os laços da Rússia com a Europa, em grande parte dependentes do petróleo e gás russos.

Até agora, a Geórgia é o país de trânsito importante para óleo e gás e tem estado no centro dos conflitos na região. Em 2003, a "revolução das rosas" na Geórgia foi instigada e financiada por Washington para levar ao poder como presidente Mikhail Saakashvili, a fim de salvaguardar os interesses econômicos e estratégicos dos EUA na região. Isso levou a uma escalada das tensões com Moscou pela supremacia geoestratégica. A guerra entre a Geórgia e a Rússia no verão de 2008 representa um passo importante na rivalidade entre os dois países, com a possibilidade de expansão para uma guerra russo-americana. As relações entre a Rússia e a Geórgia são ainda muito tenso.

A influência dos EUA no Cáucaso e na Ásia Central tem diminuído consideravelmente nos últimos anos. Além da Rússia, a China tornou-se um fator importante na área para fazer importantes laços econômicos e militares com países da Ásia Central como o Cazaquistão. Embora a Rússia e China permaneçam rivais, estabeleceram uma aliança estratégica contra os Estados Unidos. Para os EUA, a guerra com o Irã representa uma nova etapa em seu confronto crescente com a China e a Rússia pelo controle dos recursos energéticos da Ásia Central e Oriente Médio.

Fonte: http://www.wsws.org/Articles/2012/apr2012/Russ-A28.shtml