quarta-feira, 28 de março de 2012

Forças sírias desmontam explosivos e apreendem armas


O governo sírio anunciou que seis terroristas que integravam um bando procurado por assassinatos, sequestros e sabotagem de propriedade pública e privada foram mortos em embate com forças de segurança, no dia 25. Esses grupos terroristas são formados por mercenários financiados pelos governos dos EUA e Israel, para tentar desestabilizar o governo sírio. Na foto acima, armas de mercenários apreendidas por tropas sírias.

No embate, dois soldados morreram e um ficou ferido. As autoridades também anunciaram a localização e desmonte de explosivos destinados a destruir a ponte Najih na estrada de Damasco a Daraa.

Eram seis tonéis cheios de explosivos que foram desativados com o apoio de unidades de engenharia do exército. A montagem estava destinada à explosão por controle remoto para tentar isolar a cidade em sua trama para provocar medo e insegurança entre os cidadãos.

Na cidade de Saraqib, no Estado de Idleb, as autoridades enfrentaram e mataram um grupo de terroristas; outros ficaram feridos. As autoridades apresentaram armas de vários tipos usadas pelos criminosos em seus ataques aos cidadãos sírios. Foram desativadas bombas que estavam enterradas perto de residências e que a pretensão dos sabotadores era explodi-las e acusar as forças do governo de atacar casas de moradores na cidade.

No sábado, unidades de engenharia militar desmontaram explosivos em Alepo. Eram dois dispositivos de 10 kg cada, plantados perto da escola Salah Edin e da mesquita local, Al Basel.

Na entrada da cidade também foram localizadas bombas enterradas. Os sabotadores também roubaram uma ambulância do Crescente Vermelho, também em Alepo. A ambulância conduzia pessoal de saúde ao local de trabalho na sucursal da entidade na cidade. Os assaltantes estavam armados e fecharam o caminho da ambulância com uma caminhonete Kia. O objetivo era usar a ambulância para transportar explosivos e fugir das fiscalizações das tropas do governo.
A cada dia a tropas sírias avançam sob territórios que sofreram ataques terroristas de bandos de mercenários estrangeiros financiados pelo sionismo israelense e pelo imperialismo norte-americano. A paz está sendo reconquistada e o país voltou a normalidade, apesar das campanhas mentirosas da imprensa ocidental.

terça-feira, 27 de março de 2012

Manifesto do novo partido Panteras Negras dos EUA



Recompensa de $10,000 pela captura e prisão-cidadã legal
de George Zimmerman, que matou TRAYVON MARTIN


O NOVO PARTIDO DOS PANTERAS NEGRAS PARA AUTODEFESA, grupo ativista com sede nos EUA e com várias subseções na Florida, anunciou hoje que está oferecendo recompensa de $10.000 pela captura e prisão de George Zimmerman, pistoleiro e matador de Trayvon Williams, que não portava arma.
O dinheiro para pagar essa recompensa está sendo coletado entre membros de igrejas, da comunidade e ativistas em geral.

O assassinato de TRAYVON WILLIAMS chocou a consciência da nação e fez entrar em irrupção, outra vez, um vulcão racista nos EUA, depois que Zimmerman, 28, baleou e matou um jovem de 17 anos, TRAYYVON WILLIAMS, dia 26 de fevereiro passado.

O advogado MALIK ZULU SHABAZZ, presidente dos Advogados Negros por Justiça, e o Novo Partido dos Panteras Negras declaram:

“A evidência de que a Polícia ouviu mas não prendeu GEORGE ZIMMERMAN, apesar de haver muitos indícios de causa provável de crime e de que a Polícia não investigou sua ficha policial nem investigou devidamente esse caso é chocante, inadmissível para qualquer consciência civilizada e inaceitável.

Se a situação fosse inversa, e um homem negro tivesse baleado e morto a tiros um adolescente branco, com fitas gravadas que sugerem fortemente disposição preconceituosa para o crime, ninguém tem qualquer dúvida de que aquele homem negro teria sido preso em flagrante.”

CHAWN KWELI, porta-voz nacional do Partido dos Novos Panteras Negras, declara:

“Não podemos ficar sentados e admitir que ZIMMERMAN permaneça em liberdade, porque representa perigo para ele próprio e para outros.

Exigimos que a Polícia faça o que existe para fazer e prenda e indicie Zimmerman formalmente por assassinato em 1º grau. Enquanto isso não acontece, temos de usar nossos direitos constitucionais e a lei do estado da Florida, para organizar uma movimento cidadão de captura e prisão, para garantir que se faça justiça.”

Nosso objetivo é aumentar a recompensa, hoje de $10.000, para $100.000

sábado, 24 de março de 2012

Mercenários pagos pelos EUA expulsam cristãos de Homs


Agência de Noticias do Vaticano denuncia limpeza étnica
A agência de notícias Fides, do Vaticano, denuncia em matéria publicada em seu site que mercenários perpetraram uma limpeza étnica na cidade síria de Homs, expulsando cerca de 90% dos cristãos da cidade, tomando-lhes as casas.
A Fides se baseia em informações da Igreja Ortodoxa, segundo a qual os mercenários incluem sírios, líbios e iraquianos da Brigada Faruq (que, assim como outros bandos de terroristas, são financiados e armados pela CIA, como afirma o - neste caso - insuspeito site Stratfor, a ela conectado).
O Vigário Apostólico de Aleppo, o franciscano Dom Giuseppe Nazzaro disse à Fides: "Podemos dizer que essas informações começam a quebrar o muro de silêncio até hoje construído pela imprensa em todo o mundo, numa situação em que estão crescendo os movimentos terroristas". O Vigário lembra com preocupação alguns episódios recentes: "No domingo passado, um carro-bomba explodiu em Aleppo, nas proximidades da escola dos padres franciscanos. Por algum milagre foi evitado um massacre de crianças do centro de catequese da Igreja de São Boaventura: o franciscano responsável, percebendo o perigo, fez as crianças sair 15 minutos antes da hora habitual".

quinta-feira, 22 de março de 2012

A mensagem escandalosa de Obama ao Irã, por ocasião do Ano Novo iraniano (Now-ruz)



Em versão resumida, Obama disse aos iranianos que:

Os EUA e o Irã estão à beira da guerra, porque vocês têm um programa nuclear civil de enriquecimento de combustível atômico, semelhante ao que muitos outros países têm. Mas os EUA amam vocês de verdade e queremos que vocês leiam sobre nosso amor fraterno pelos iranianos, pela internet.

Para isso, estamos fornecendo gratuitamente softwares de espionagem, para podermos nos infiltrar e controlar a Internet também no Irã, ao mesmo tempo em que vamos impondo controles cada vez mais mais rígidos sobre a internet no ocidente e vamos também processando – com fúria jamais vista – os vazadores que vazaram provas das ilegalidades que nosso governo comete.


http://www.juancole.com/2012/03/obamas-hypocritical-message-to-iran.html

Tradução: Vila Vudu

domingo, 18 de março de 2012

Príncipe britânico visita o Brasil para esconder crimes nas Malvinas


O príncipe Harry desfilou alguns dias pelo Rio de Janeiro, visitando o morro Cantagalo a tirando fotos com crianças, na tentativa de melhorar a imagem desgastada da decadente monarquia britânica. Harry jogou bola na praia vestindo camisa da Selação Brasileira.
A visita teve como desculpa lançar a campanha Great, para promover a Grã-Bretanha como destino turístico e de investimentos. O slogan deveria ser “Visite Londres e venha ser assassinado como Jean Charles”.
Numa festa no Morro da Urca estavam 700 convidados, entre artistas, empresários e representantes dos dois governos. Em um discurso bem-humorado, o príncipe Harry disse que mal podia acreditar estar no Rio. Convidada para um leilão beneficente a apresentadora Luciana Gimenez não perdeu a oportunidade e fez questão de tirar uma foto com o príncipe. Foto acima.
Na verdade, o que está por trás desta encenação toda, onde não faltaram autoridades e a grande mídia bajulando o visitando o tempo todo, é um plano do governo britânico para tentar melhorar a imagem da decadente monarquia inglesa diante das sucessivas derrotas no caso das Ilhas Malvinas, ocupadas por tropas britânicas. Nos últimos dias as autoridades argentinas conseguiram uma grande vitória ao conseguir que os países da América Latina proibissem que navios militares britânicos ancorem ou estacionem em portos do continente, quando em operações nas Malvinas. Desta forma o decadente ex-império britânico terá que gastar milhões de dólares para abastecer e alimentar suas tropas de mercenários que ocupam ilegalmente o território argentino.
Outra derrota britânica que mostra a decadência do país foi o fato de ter sua economia superada pelo Brasil, a sexta do mundo. E olha que o Brasil não faz guerras para roubar riquezas naturais de outros povos, como a Inglaterra fez ao longo de sua história e continua fazendo até os dias de hoje, como cúmplice e lacaio do imperialismo norte-americano.
As tropas inglesas nas Malvinas atuam para proteger o roubo de petróleo em jazidas encontradas na ilha, e na manutenção de um sofisticado sistema de interceptação de comunicações dos países do nosso continente.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Carta ao Presidente da Tunísia: proteja o ministro Baghdadi Mahmoudi


Ilustre Presidente da República da Tunísia

Mr. Moncef Marzouki,

Quem escreve esta carta são entidades – organizações sociais, culturais e políticas - brasileiras que acreditam na justiça e na solidariedade entre os povos.

Vimos, respeitosamente, pedir a libertação do primeiro-ministro da Líbia, senhor Baghdadi Mahmoudi, que esta correndo perigo de vida na Tunísia, onde pediu refúgio político e foi preso em 21/09/2011, e até agora esta na prisão em Mornaguia.

O ministro iniciou, há duas semanas uma greve de fome para protestar contra a sua prisão, e corre o sério risco de morrer. Tem 70 anos, é diabético, é muito desidratado, sua saúde se deteriorou depois que ele entrou na segunda semana de greve de fome.

Senhor Presidente, sabes que não há razão para mantê-lo na prisão, que o ministro pediu o estatuto de refugiado político e que não há justificativa para sua detenção, não há razão legal para mantê-lo na prisão. O único "crime" cometido por este senhor é o de ter fugido de ser assassinado em seu pais e ter entrado na Tunísia contando que teria a cordial hospitalidade árabe e o apoio do povo tunisiano.

Pedimos encarecidamente o vosso apoio no sentido de intervir, antes que seja tarde, para liberar da prisão o senhor Baghdadi Mahmoudi e oferecer-lhe as condições necessárias para a sua saúde e segurança, ou seja, cuidados médicos e não envia-lo de volta à Líbia, onde certamente ele viria a ser assassinado.

Temos a esperança e a confiança que o senhor intervirá imediatamente para salvar a vida do ministro e lhe oferecerá toda a segurança necessária
A História lhe agradecerá senhor presidente!

Atenciosamente,

Jornal Água Verde – www.jornalaguaverde.com.br
Associação dos Apoiadores do Livro Verde no Brasil – www.amarchaverde.blogspot.com
Movimento dos Comitês Revolucionários no Sul do Brasil – www.terceirateoria.blogspot.com
Movimento de Solidariedade Internacional – www.mobilizacaosolidaria.blogspot.com
Associação Cultural e Ecológica Água Verde de Curitiba

terça-feira, 13 de março de 2012

A sangrenta estrada para Damasco



Por James Petras*

A indignação expressa por políticos no Ocidente, em estados do golfo e nos mass media acerca da "matança de pacíficos cidadãos sírios a protestarem contra a injustiça" é cinicamente concebida para encobrir informações documentadas da tomada violenta de bairros, aldeias e cidades por bandos armados, brandindo metralhadoras e colocando bombas nas estradas.

O assalto à Síria é apoiado por fundos, armas e treino estrangeiro. Devido à falta de apoio interno, contudo, para ter êxito, será necessária intervenção militar direta estrangeira. Por esta razão foi montada uma enorme campanha de propaganda e diplomática para demonizar o legítimo governo sírio. O objetivo é impor um regime fantoche e fortalecer o controle imperial do Ocidente no Médio Oriente. No curto prazo, isto destina-se a isolar o Irã como preparativo para um ataque militar de Israel e dos EUA e, no longo prazo, eliminar outro regime laico independente amigo da China e da Rússia.

A fim de mobilizar apoio mundial a esta tomada de poder financiada pelo Ocidente, Israel e Estados do Golfo, vários truques de propaganda tem sido utilizados para justificar mais uma flagrante violação da soberania de um país após a destruição com êxito dos governos laicos do Iraque e da Líbia.


O contexto mais amplo: Agressão em série

A atual campanha ocidental contra o regime independente de Assad na Síria faz parte de uma série de ataques contra movimentos pró-democracia e regimes independentes que vão desde a África do Norte até o Golfo Pérsico. A resposta imperial-militarista ao movimento egípcio para a democracia que derrubou a ditadura Mubarak foi apoiar a tomada de poder da junta militar e a campanha assassina para prender, torturas e assassinar mais de 10 mil manifestantes pró democracia.

Confrontado com movimentos democráticos de massa semelhantes no mundo árabe, ditadores autocrático do Golfo apoiados pelo Ocidente esmagaram seus respectivos levantamentos no Bahrain, Yemen e Arábia Saudita. Os assaltos estenderam-se ao governo laico da Líbia onde potências da NATO lançaram um bombardeamento maciço por ar e mar a fim de apoiar bandos armados de mercenários, destruindo assim a economia e a sociedade civil da Líbia.

O desencadeamento de gangster-mercenários armados levou à devastação da vida urbana na Líbia, assim como das regiões rurais. As potências da NATO eliminaram o regime laico do coronel Kadafi, que foi assassinado e mutilado pelos seus mercenários. A NATO superintendeu a mutilação, aprisionamento, tortura e eliminação de dezenas de milhares de apoiadores civis de Kadafi, assim como funcionários do governo. A NATO apoiou o regime fantoche quando ele iniciou um massacre sangrento de cidadãos líbios descendentes de africanos sub-saharianos bem como imigrantes africanos sub-saharianos – grupos que beneficiaram de generosos programas sociais de Kadafi. A política imperial de arruinar e dominar na Líbia serve como "modelo" para a Síria: Criar as condições para um levantamento em massa conduzido por fundamentalistas muçulmanos, financiados e treinados por mercenários ocidentais e de estados do golfo.

A estrada sangrenta de Damasco para Teerã

Segundo o Departamento de Estado, "A estrada para Teerã passa através de Damasco": O objetivo estratégico da NATO é destruir o principal aliado do Irã no Médio Oriente; para as monarquias absolutistas do Golfo o objetivo é substituir uma republica laica por uma ditadura vassalo teocrática; para o governo turco o objetivo é promover um regime cordato aos ditames da versão de Ancara do capitalismo islâmico; para a Al Qaeda e os seus aliados fundamentalistas Salafi e Wahabi, um regime teocrático sunita, limpo de sírios laicos, alevis e cristãos servirá como trampolim para projectar poder no mundo islâmico; e para Israel uma Síria divida ensopada em sangue assegurará a sua hegemonia regional. Não foi sem uma antevisão profética que o senador estado-unidense Joseph Lieberman, um uber-sionista, dias após o ataque da "Al Qaeda" de 11 de Setembro de 2001, pediu: "Primeiro devemos atacar o Irã, Iraque e Síria" antes mesmo de considerar os autores reais do feito.

As forças anti-sírias armadas refletem uma variedade de perspectivas políticas conflitantes unidas apenas pelo seu ódio comum ao regime nacionalista independente e leito que tem governado a complexa e multi-étnica sociedade síria desde há décadas. A guerra contra a Síria é a plataforma de lançamento de uma nova ressurgência do militarismo ocidental a estender-se desde a África do Norte até o Golfo Pérsico, sustentado por uma campanha de propaganda sistemática que proclama a missão democrática, humanitária e "civilizadora" da NATO em prol do povo sírio.

A estrada para Damasco está pavimentada com mentiras

Uma análise objetiva da composição política e social dos combatentes armados na Síria refuta qualquer afirmação de que o levantamento é feito em busca da democracia para o povo daquele país. Combatentes fundamentalistas autoritários formam a espinha dorsal do levantamento. Os Estados do Golfo que financiam estes bandidos brutais são eles próprios monarquias absolutistas. O Ocidente, depois de ter impingido um brutal regime gangster sobre o povo da Líbia, não pode apregoar "intervenção humanitária".

Os grupos armados infiltram cidades e utilizam centros populosos como escudos a partir dos quis lançam seus ataques à forças do governo. No processo eles expulsam milhares de cidadãos dos seus lares, lojas e escritórios os quais utilizam como postos avançados. A destruição do bairro de Baba Amr em Homs é um caso clássico de gangs armadas a utilizarem civis como escudos e como matéria de propaganda na demonização do governo.

Estes mercenários armados não têm credibilidade nacional junto à massa do povo sírio. Uma das suas principais centrais de propaganda está localizada no coração de Londres, o chamado "Syrian Human Rights Observatory" onde, em coordenação estreita com a inteligência britânica, despejam chocantes estórias de atrocidades para estimular sentimentos a favor de uma intervenção da NATO. Os reis e emires dos Estados do Golfo financiam estes combatentes. A Turquia proporciona bases militares e controla o fluxo transfronteiriço de armas e os movimentos dos líderes do chamado "Free Syrian Army". Os EUA, França e Inglaterra proporcionam as armas , o treino e a cobertura diplomática, jihadistas-fundamentalistas estrangeiros, incluindo combatentes Al Qaeda da Líbia, Iraque e Afeganistão, entraram no conflito. Isto não é "guerra civil". Isto é um conflito internacional contrapondo uma perversa tripla aliança de imperialistas da NATO, déspotas de Estados do Golfo e fundamentalistas muçulmanos contra um regime nacionalista independente e laico. A origem estrangeira das armas, maquinaria de propaganda e combatentes mercenários revela o sinistro carácter imperial e "multi-nacional" do conflito. Em última análise o violento levantamento contra o estado sírio representa uma sistemática campanha imperialista para derrubar um aliado do Irão, Rússia e China, mesmo ao custo de destruir a economia e a sociedade civil síria, de fragmentar o país e desencadear duradouras guerras sectárias de extermínio contra os Alevi e minorias cristãs, bem como apoiantes laicos do governo.

As matanças e a fuga em massa de refugiados não é o resultado de violência gratuita cometida por um estado sírio sedento de sangue. As milícias apoiadas pelo ocidente capturaram bairros pela força das armas, destruíram oleodutos, sabotaram transportes e bombardearam edifícios do governo. No decorrer dos seus ataques eles interromperam serviços básicos críticos para o povo sírio incluindo educação, acesso a cuidados médicos, segurança, água, electricidade e transporte. Assim, eles arcam com a maior parte da responsabilidade por este "desastre humanitário" (do qual seus aliados imperiais e responsáveis da ONU culpam as forças armadas e de segurança sírias). As forças de segurança sírias estão a combater para preservar a independência nacional de um estado laico, ao passo que a oposição armada comete violências por conta dos mestres estrangeiros que lhes pagam – em Washington, Riyadh, Tel Aviv, Ancara e Londres.

Conclusões

O referendo do regime Assad no mês passado atraiu milhões de eleitores sírios em desafio às ameaças imperialistas ocidentais e aos apelos terroristas a um boicote. Isto indica claramente que uma maioria de sírios prefere uma solução pacífica, negociada, e rejeita a violência mercenária. O Syrian National Council apoiado pelo ocidente e o "Free Syrian Army" armado pelos turcos e Estados do Golfo rejeitaram categoricamente apelos russos e chineses para um diálogo aberto e negociações, os quais foram aceites pelo regime Assad. A NATO e as ditaduras dos Estados do Golfo estão a pressionar seus apaniguados a tentarem uma "mudança de regime" violenta, uma política que já provocou a morte de milhares de sírios. As sanções económicas estado-unidenses e europeias são concebidas para arruinar a economia síria, na expectativa de que a privação aguda conduzirá uma população empobrecida para os braços dos seus violentos apaniguados. Numa repetição do cenário líbio, a NATO propõe "libertar" o povo sírio através da destruição da sua economia, sociedade civil e estado laico.

Uma vitória militar ocidental na Síria simplesmente alimentará a fúria crescente do militarismo. Encorajará o Ocidente, Ryiadh e Israel a provocarem uma nova guerra civil no Líbano. Depois de demolir a Síria, o eixo Washington-UE-Riyadh-Tel Aviv mover-se-á para uma confrontação muito mais sangrenta com o Irão.

A horrenda destruição do Iraque, seguida pelo colapso da Líbia do pós guerra, proporciona um terrífico modelo do que está reservado para o povo da Síria. Um colapso precipitado dos seus padrões de vida, a fragmentação do seu país, limpeza étnica, dominação de gangs sectárias e fundamentalistas e insegurança total quanto à vida e propriedade.

Assim como a "esquerda" e "progressistas" declararam o brutal ataque à Líbia ser a "luta revolucionária de democratas insurgentes" e a seguir afastou-se, lavando as mãos da sangrenta consequência de violência étnica contra líbios negros, eles agora repetem os mesmos apelos à intervenção militar contra a Síria. Os mesmo liberais, progressistas, socialistas e marxistas que estão a apelar ao Ocidente para intervir na "crise humanitária" da Síria a partir dos seus cafés e gabinetes em Manhattan e Paris, perderão todo interesse na orgia sangrenta dos seus mercenários vitoriosos depois de Damasco, Alepo e outras cidades sírias terem sido bombardeadas pela NATO até à submissão.


Ver também:
http://mrzine.monthlyreview.org/2012/syria060312.html
http://www.presstv.ir/
http://www.sana.sy/index_spa.html

[*] James Petras é sociólogo e analista político norte-americano. O seu livro mais recente é The Arab Revolt and the Imperialist Counterattack (Clarity Press: Atlanta2012) 2ª edição.
O original encontra-se em http://petras.lahaine.org/?p=1891
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

sábado, 10 de março de 2012

Jornalista líbia Halla El Mesrati foi libertada



A famosa jornalista líbia Halla El Mesrati foi libertada e concedeu entrevista de um local seguro, possivelmente em outro país. A entrevista foi publicada por jornais italianos e franceses. Até a semana passada ela era tida como morta.
Halla El Mesrati ficou famosa internacionalmente quando se recusou a deixar a TV estatal líbia durante o avanço dos mercenários a serviço da Otan. Ela sacou um revólver durante o programa e disse que resistiria ao avanço dos traidores da Líbia.
Após os covardes e terroristas bombardeios da Otan e da ONU na Líbia, destituindo um governo legítimo e martirizando um líder mundial, Muamar Kadafi, a jornalista líbia pagou caro por sua coragem e patriotismo. Segundo o vídeo filmado em 30 de dezembro de 2011, ela aparecia muito cansada, traumatizada e grávida, após sofrer torturas e ter sido estuprada 17 vezes, passando por 20 prisões diferentes.
Na entrevista reproduzida por Amnotyours ela falou sobre sua tragédia pessoal e a ocupação da Líbia por tropas estrangeiras, apoiadas por traidores. “Na verdade, a Líbia foi vencida, por enquanto, por traidores da Jamahirya Líbia (poder popular). A ONU e Otan forneceram os instrumentos, armas e dinheiro, mas foram os traidores líbios que destruíram o país com sua traição e covardia”.
Sobre a atualidade, ela conta que a Líbia está se transformando em um país racista: “Para agradar aos imperialistas e sionistas, que financiaram grande parte da guerra de agressão à Líbia, o novo governo está incentivando o racismo, porque os negros são na totalidade apoiadores do mártir Muamar Kadafi. Uma elite de líbios brancos, provenientes de Benghazi, está promovendo uma guerra étnica sob o silêncio criminoso das Nações Unidas. Diversas prisões estão lotadas com negros, que são presos, espancados e torturados apenas pelo fato de serem negros”.
Tragédia humanitária – Ela contou que diversas cidades líbias estão sem água. “No passado as cidades recebiam água do Grande Rio Verde, que transporta água dos lençóis subterrâneos do rio Nilo por toda a Líbia, mas as estações de bombeamento foram destruídas pelos ataques da Otan, e não se fala em reconstrução. Diversas cidades não tem mais energia elétrica.”
Ela disse que teve diversas oportunidades para fugir do país durante a guerra, mas se recusou porque desejava lutar e defender o seu povo. Para ela, “a imprensa ocidental é cúmplice nesta guerra de ocupação. A mídia ocidental jogou um papel decisivo, manipulando e mentindo o tempo todo, para tentar justificar esta guerra de ocupação que teve dois objetivos principais: assassinar o líder Muamar Kadafi e roubar petróleo do povo líbio”.
Analisando o desenrolar da guerra, Hala Misrati afirmou que grande parte do exército líbio não combateu para defender as cidades diante do avanço dos rebeldes. “A traição era moeda corrente e estava em todas as partes porque o poder financeiro dos inimigos é muito grande. Muitos são traidores da Pátria e empurraram os rebeldes para entrar em guerra com a falsa ameaça de que caso contrário, o exército líbio poderia massacrá-los. Atualmente, em Tripoli, há mais de 100 batalhões de rebeldes armados enquanto o exército da Jamahiriya tinha apenas 23 batalhões! A ONU e a Otan despejaram armas no país de forma irresponsável e criminosa.”
Finalizando sua entrevista, Hala Misrati pergunta: “Isto é liberdade? Para isso os traidores e mercenários apoiaram a ocupação estrangeira da Jamahiriya Líbia? Este é o resultado do poder de Barack Obama, Sarkozy e outros presidentes ocidentais e monarcas árabes fantoches do sionismo? Liberdade é poder pichar muros? Liberdade é divulgar pela imprensa mentiras e insultos o tempo todo? Liberdade é espalhar a discórdia entre irmãos enquanto as riquezas naturais do país foram entregues a estrangeiros? Isso não é liberdade. Isto é dominação. O povo líbio deixou de ser livre, passou a ser escravo do atraso religioso e das potências ocidentais. Isto é retrocesso. Vamos levar 50 anos para nos libertar dos imperialistas e sionistas que passaram a nos dominar. Mas faremos isso porque o legado de resistir, lutar e vencer, foi a melhor herança que poderia nos deixar o mártir Muamar Kadafi”.

http://am-not-yours.blogspot.com/2012/03/halla-el-mesrati-e-finalmente-libera.html

sexta-feira, 9 de março de 2012

Jornalista morta na Líbia. Cadê a mídia?


Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (17), a apresentadora de tevê Hala Misrati, famosa por sua defesa do ex-presidente Muammar Kadafi, foi assassinada numa prisão da Líbia. Segundo relatos, a jornalista de 31 anos foi vítima de torturas e de estupros. O governo fantoche da Líbia, bancado pelos EUA e Europa, confirmou a morte, mas não deu detalhes sobre a tragédia.

O assassinato ocorreu no mesmo dia das “comemorações” do primeiro aniversário da vitória das milícias “rebeldes”, armadas pelas nações imperialistas e auxiliadas pelos mísseis da Otan. Neste um ano, os mercenários têm promovido inúmeros atos de crueldade contra os simpatizantes de Kadafi. Cerca de 8 mil pessoas vegetam nas prisões e sofrem torturas constantes, segundo relatos da própria ONU, da Anistia Internacional e da ONG Médicos Sem Fronteira.

Hala Misrati, símbolo da resistência

Hala Misrati é um dos símbolos da resistência à agressão imperialista no país. Em agosto passado, quando as milícias “rebeldes” já combatiam em Trípoli, a apresentadora de televisão protestou ao vivo diante das câmeras. De revólver em punho, ela afirmou que “com esta arma morrerei ou matarei”. Ela garantiu que não aceitaria entregar a emissora para o controle dos mercenários e concluiu: “Protegerei meus companheiros e nos converteremos em mártires”.

Com a derrubada e o assassinado de Kadafi, ela foi presa e exibida como um “troféu” pelos mercenários. Sua última aparição diante das câmeras se deu em 30 de dezembro passado. Ela apareceu em silêncio, segurando uma folha com a data da gravação, e com o rosto cheio de hematomas. O boato que circulou no país é que tinham cortado sua língua. Depois disso, mais ninguém soube do paradeiro de Misrati.

O silêncio da mídia mercenária

O tirânico Conselho Nacional de Transição (CNT), que já acertou os detalhes da entrega do petróleo para as nações imperialista, evita se pronunciar sobre os atentados aos direitos humanos na Líbia. Além de não garantir julgamento justo aos presos políticos, ele incentiva as crueldades patrocinadas pelas milícias. Segundo a Anistia Internacional, a violência está totalmente “fora do controle” neste sofrido país – alvo da cobiça dos EUA e da Europa.

A mídia hegemônica também é cúmplice desta barbárie. Ela difundiu a imagem de que os “rebeldes” promoveriam a “democracia ocidental” e os direitos humanos na Líbia – e, infelizmente, muita gente se iludiu com essa propaganda mentirosa, sendo pautada pela imprensa. Atacaram Kadafi não pelos seus erros, que foram muitos, mas sim para defender os interesses das potências capitalistas.

Agora, a mesma mídia evita dar destaque às torturas e assassinados patrocinados pela “sua” milícia de mercenários. Cadê as matérias sensacionalistas da TV Globo sobre a Líbia? Cadê os “calunistas” de plantão da mídia colonizada? Cadê a gritaria em defesa dos direitos humanos das associações patronais?

Fonte: Pátria Latina

quarta-feira, 7 de março de 2012

Militares franceses na Síria


A história que se segue é uma teia de fatos intrincados capaz de enredar ainda mais a campanha de Nicholas Sarkozy para a reeleição como presidente de França e que, ao mesmo tempo, embaraça dirigentes de países da OTAN, hesitantes em relação à estratégia para com a Síria.
A história é secreta. Ou melhor, é diplomaticamente secreta, oficialmente não existe mas não tarda que se torne banal ainda que continue a não ser admitida.
Tudo começou quando em 13 de Fevereiro o exército sírio deu como controlada a rebelião armada no bairro de Bab Amr, na cidade de Homs, de que tanto se tem falado. Esta é a versão do regime de Damasco, embora sejam muitos os indícios de que os focos de resistência estão limitados a dois grupos integrados no chamado Exército Sírio de Libertação, um deles de obediência radical islâmica e outro de mercenários recrutados entre a marginalidade,
agindo ambos com pouca coordenação.
Entre as centenas de estrangeiros capturados pelas tropas sírias no bairro de Homs encontram-se 18 cidadãos franceses, que não hesitaram em identificar-se como militares revelando patentes e unidades a que pertencem para tentarem abrigar-se sob os preceitos das Convenções de Genebra relacionadas com prisioneiros de guerra.
Ora militares franceses integrando grupos armados envolvidos numa guerra civil sabendo-se que o governo francês tem negado qualquer ingerência no conflito é um problema.
Sobretudo para o presidente Sarkozy, que ou defende os seus concidadãos admitindo que se trata de militares, confessando assim a ingerência, ou rejeita essa condição e, passando a tratar-se de civis estrangeiros, as autoridades sírias podem aplicar-lhes penas entre as quais se incluem a de morte. Paris recorre de momento a um meio termo: negociar com Damasco através da Rússia, dos Emirados Árabes Unidos e de Omã, envolvendo também a Liga Árabe, a ONU e o ex-secretário geral Kofi Annan.
Tudo em segredo, acordado pelas duas partes com vantagens mútuas: o regime sírio pode exigir um preço mais alto por um hipotético acordo; e Sarkozy não vai ter, se tudo correr como deseja, de dar explicações em plena campanha eleitoral sobre o que faziam soldados franceses numa guerra onde as autoridades de Paris dizem que não participam.
Explicar-se depois, com o problema já resolvido, é menos traumático, até porque nessa fase já pode montar-se uma patriótica campanha de propaganda sem estragar as negociações.
Numa fase em que a OTAN está à deriva na estratégia a adotar para a Síria, em recuo da possibilidade da intervenção militar depois de a ter admitido seriamente, este episódio aprofunda a confusão militar e diplomática.
Como podem os Estados Unidos, a França e outros aliados proclamar o primado das sanções econômicas sobre a alternativa militar sabendo-se que soldados de países da OTAN já combatiam no terreno, mais uma vez ao lado de operacionais coordenados por radicais islâmicos alinhados pela al-Qaeda e afins? Em que ficamos?

por José Goulão

Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/19/46/militares_franceses_na_siria

quinta-feira, 1 de março de 2012

Sem Kadafi, o mundo ficou mais triste


O jovem oficial que liderou uma revolução libertadora na Líbia – Al Fateh – deixou o mundo mais triste com sua morte. Ele faz falta nos noticiários internacionais, onde ocupava a cena desafiando as potências imperialistas. Ele faz falta no seu país, hoje tomado por bandos armados sem lei e sem respeito.
Ao consolidar o poder popular na Líbia, o pequeno país que se transformou em exemplo para todo o mundo sob sua liderança, ele elegeu os principais inimigos da humanidade: o imperialismo, o sionismo e o racismo. Desta forma mandou uma mensagem clara aos dominadores do mundo, os norte-americanos e sionistas que controlam e manipulam a economia mundial e o sistema financeiro internacional.
As atenções de todo o mundo se voltaram para aquele pequeno país encravado entre os desertos do Sahara e do Magreb El Arab, e todos se perguntavam, como seria possível um beduíno de Sirte desafiar as maiores potências mundiais e as forças ocultas que conspiram e derrubam impérios ao longo dos séculos? E lá estava ele, um beduíno, magro, de estatura mediana, com seu sorriso radiante, colocando o dedo na ferida dos poderosos, denunciando o processo de colonização europeu na África, exigindo reparação e indenização para os países africanos que foram não colonizados, mas invadidos e saqueados pelos europeus ao longo dos séculos.
Na cena seguinte, o beduíno daquele pequeno país estava nas Nações Unidas rasgando a Carta das Nações e denunciando que a ONU não passa de uma marionete nas mãos das potências imperialistas, levando guerras e destruição aos pequenos povos e países.
Ao visitar a Itália em 2010, Kadafi colocou no peito as fotos dos principais mártires líbios durante a colonização – ocupação – italiana na Líbia.
Kadafi não apenas denunciava a farsa da democracia ocidental, expondo seus erros e crimes, mas oferecia o próprio exemplo de uma liderança digna e honrada ao construir o maior rio artificial do mundo para irrigar o deserto e as cidades líbias, o Grande Rio Verde, que retirava água dos lençóis subterrâneos do rio Nilo e os levava através de canalizações gigantescas cruzando todo o país para beneficiar o seu povo. As instalações do Grande Rio foram bombardeadas pela Otan a serviço da ONU. As cidades líbias hoje sem água sentem a falta de Muamar Kadafi, martirizado por traidores e mercenários.
As monarquias corruptas árabes, protegidas pelo imperialismo e pelo sionismo, roubam as riquezas do povo para fins egoístas e ditatoriais, e não são incomodadas pela ONU ou pela Otan. A lei das Nações Unidas e Otan é proteger governantes corruptos, traidores ou covardes, e assassinar as lideranças autênticas, aquelas que lutam pela libertação dos povos. A determinação das Nações Unidas é transformar o mundo em um governo mundial, dirigido por imperialistas norte-americanos e sionistas, para escravizar todos os povos e nações.
É um mundo muito triste este preconizado pelos poderosos, e Kadafi faz muita falta porque ele combatia esses canalhas engravatados que posam de governantes “democráticos”.

José Gil