segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O linchamento de Kadafi

A vítima e o sacrifício: os valores de um retorno à barbárie

O assassinato de Kadhafi, este ato de “vingança das vítimas”, tem por conseqüência que não será jamais julgado. Este assassinato reúne os interesses das empresas petroleiras e dos governos ocidentais. As limitadas informações sobre o regime de Kadhafi não serão jamais publicadas em locais públicos. A substituição das imagens do linchamento pela Organização da Corte Penal internacional tem, sobretudo, a conseqüência de que, ao invés de parar com o discurso, o discurso da violência é dirigido ao infinito. A Líbia, assim como o Iraque e o Afeganistão, será o palco de uma guerra perpétua. E quanto aos nossos regimes políticos, estão enfocados em um estado de exceção permanente. Isto esta acompanhado de uma emergência a um poder absoluto, no qual o ato político se coloca mais além de toda a ordem jurídica.

Uma intervenção militar, insinuada em nome do amor dos dirigentes ocidentais pelas “vitimas das populações de um tirano” é exaltada pela exibição de seu sacrifício, revelando uma regressão de nossas sociedades em direção à barbárie.

A demonstração do sacrifício de Kadhafi como um ícone, confirma o caráter cristão de uma guerra feita em nome do “amor às vítimas”. A destruição da Líbia pelas forças da OTAN se inscreve dentro da longa tradição das cruzadas, das guerras contra a lei simbólica iniciada em nome do homem-deus. Isto foi resultado de uma reorganização da Europa Ocidental sob a autoridade do Papa. Hoje, este conflito, novamente, mais que a guerra contra o Iraque, é produto de uma submissão total dos países europeus sob o império estadunidense.

A guerra para a democracia é a versão post-moderna da “guerra santa”. Isto está consagrado não porque ocorreu contra os “infiéis”, senão pelas exortações do Papa, o representante infalível do homem-deus. Hoje, o caráter sagrado do ataque resulta de uma característica naturalmente democrática de seus comandantes americanos, cujo presidente recebeu o premio Nobel da Paz ao princípio de seu mandato, ainda antes de praticar qualquer ato político. Este prêmio consagra o presidente dos estados unidos como um ícone cristão, como a encarnação da imagem da paz e da democracia. Dentro dessa versão laicizada, ela não está concebida sobre a sacralização do homem concebido à imagem que deus secularizou, porém, à imagem dele mesmo, de sua natureza pacífica e democrática.

Jean-Claude Paye Sociologue. Dernier ouvrage publié en français : La Fin de l’État de droit (La Dispute, 2004).

(Ler completo e no original em -http://www.voltairenet.org/L-image-du-sacrifice-humain-et-le)

Trad. Vera Vassouras

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Líbia que não aparece na sua TV





O grande rio feito pelo homem

O 1º de setembro marca o aniversário da abertura da principal etapa do Grande Projeto Líbio do Rio Feito pelo Homem. Este incrivelmente grande e bem sucedido esquema de água é praticamente desconhecido no Ocidente, mesmo que rivalize e até mesmo supere todos os nossos maiores projetos de desenvolvimento. O líder dos assim chamados países avançados, os Estados Unidos da América não pode admitir o Grande Rio Líbio Feito pelo Homem. O Ocidente recusa-se a reconhecer que um pequeno país, com uma população de pouco mais de cinco milhões, possa construir algo tão grande sem um único centavo de empréstimos dos bancos internacionais.
Até recentemente, o suprimento de água da Líbia vinha de aqüíferos subterrâneos ou usinas de dessalinização no litoral. A água derivada de dessalinização ou aqüíferos perto da costa era de má qualidade e, por vezes intragável. Este problema também fazia com que pouca água estivesse disponível para irrigar terras para a agricultura, que é vital neste país em grande parte deserto.
Na década de 1960 durante a exploração de petróleo no fundo do deserto ao sul da Líbia, vastos reservatórios de água de alta qualidade foram descobertos na forma de aqüíferos. O mais importante desses aqüíferos, ou água rolando de estratos rochosos, foram estabelecidas durante um período geológico em que o mar Mediterrâneo fluia para o sul até o sopé das montanhas Tibesti, que se situam na fronteira da Líbia com o Chade. Durante esse período, o mar Mediterrâneo com freqüência variava de nível, e como resultado, vários depósitos sedimentares foram formados.
A atividade geológica impulsionou para cima a formação das montanhas (Jabal Nefussa e Jabal Al Akhdar) e o movimento descendente associado formou bacias subterrâneas naturais. Entre 38.000 e 10.000 anos atrás, o clima do norte da África era temperado, durante o qual houve considerável precipitação de chuva na Líbia. O excesso de chuva se infiltrou no arenito poroso e ficou preso entre as camadas, formando reservatórios de água doce subterrânea.
Na Líbia, há quatro principais bacias subterrâneas, sendo estas a bacia Kufra, a bacia Sirt, a bacia Morzuk e a bacia Hamada, os três primeiros dos quais contêm reservas combinadas de 35 mil quilômetros cúbicos de água. Estas vastas reservas oferecem quantidades quase ilimitadas de água para o povo líbio.
O povo da Líbia, sob a orientação do líder Muamar Kadafi, iniciou uma série de estudos científicos sobre a possibilidade de acessar este vasto oceano de água doce. Consideração inicial foi dado ao desenvolvimento de novos projetos agrícolas perto de fontes de água, no deserto. No entanto, percebeu-se que na escala necessária para fornecer produtos para a auto-suficiência, uma organização de infra-estrutura muito grande seria necessário. Além disso, uma grande redistribuição da população da faixa costeira seria necessário. A alternativa era "trazer a água para o povo".
Em outubro de 1983, a Autoridade do Grande Rio feito pelo Homem foi criada e investida com a responsabilidade de tomar a água dos aqüíferos no sul, e transmiti-lo pelo meio mais econômico e prático para uso, principalmente para irrigação, na faixa costeira da Líbia .
Em 1996, o Projeto do Grande Rio Feito pelo Homem atingiu um dos seus estágios finais, o jorro de água doce não poluída doce para as casas e jardins dos cidadãos da capital da Líbia Tripoli. Louis Farrakhan, que participou da cerimônia de abertura desta etapa importante do projeto, descreveu o Grande Rio Feito pelo Homem como "um milagre no deserto." Falando na cerimônia de inauguração para uma platéia que incluía os líbios e muitos convidados estrangeiros, o coronel Kadafi disse que o projeto "foi a maior resposta para a América ... que nos acusa de estarmos ocupados com o terrorismo."
O Grande Rio Feito pelo Homem, como o maior projeto de transporte de água já realizada, tem sido descrito como a "oitava maravilha do mundo". Ele carrega mais de cinco milhões de metros cúbicos de água por dia através do deserto para as áreas costeiras, aumentando vastamente a quantidade de terra arável. O custo total do enorme projeto é previsto ultrapassar US$ 25 bilhões (EUA).
Constituído por uma rede de tubos enterrados no solo para eliminar a evaporação, quatro metros de diâmetro, o projeto se estende por quatro mil quilômetros bem fundo no deserto. Todo o material é projetado e fabricado localmente. A água subterrânea é bombeada de 270 poços a centenas de metros de profundidade para reservatórios que alimentam a rede. O custo de um metro cúbico de água equivale a 35 centavos. O metro cúbico de água dessalinizada é de $ 3,75. Os cientistas estimam que a quantidade de água é equivalente ao fluxo de 200 anos de água no rio Nilo.
O objetivo do povo árabe líbio, consubstanciado na projeto Grande Rio Feito pelo Homem, é fazer a Líbia uma fonte de abundância agrícola, capaz de produzir uma alimentação e água adequadas para suprir suas próprias necessidades e para compartilhar com os países vizinhos. Em suma, o Rio é, literalmente, o “'ticket refeição" da Líbia para a auto-suficiência.
Cada tubo do projeto do rio é enterrado em uma vala de aproximadamente sete metros de profundidade, escavação que requer a remoção de cerca de 100.000 metros cúbicos de material a cada dia de trabalho. Escavação é realizada por grandes escavadeiras hidráulicas equipadas com baldes de 7,6 metro cúbico. Uma vez que a vala é preparada, tubos cilíndricos de concreto protendido de 7,5 metros de comprimento e pesando até 80 toneladas são levadas ao local usando uma frota de cerca de 128 transportadores especialmente projetados.
Os tubos são colocados na vala usando guindastes de grande porte, capazes de levantar até 450 toneladas, são empurrados com um trator e unidos aos tubos já assentados. A articulação entre os tubos é selada com um anel de vedação de borracha instalado em uma ranhura especial na extremidade do tubo e depois é selada com argamassa de cimento, por dentro e por fora. A vala é, então, aterrada, cobrindo o tubo com um mínimo de 2 metros de material e restaurando a superfície do deserto.
Após o aterramento, o tubo é adequadamente suportado pelo solo e pode ser hidrostaticamente testado. Isto requer a instalação de anteparas em aço especialmente concebidas em cada extremidade da seção de teste e enchimento da linha com água de poços perfurados adjacente ao transporte. Até comprimentos de 8 km de transporte são testados de uma vez, e, depois de permitir o tempo adequado para o revestimento de concreto do tubo de absorção de água, a linha é pressurizada para testar ambos os tubos e suas articulações.
As instalações, equipamentos e apoio logístico para este projecto são também em grande escala. Cerca de 10.000 pessoas e 4.500 peças de equipamento são empregados na obra. Dois mil 500 toneladas de cimento por dia são fornecidos pela Companhia de Cimento da Líbia e transportado em uma frota de 127 navios tanque-de-cimento para as fábricas de tubos no Brega e Sarir.
O Projeto Grande Rio Feito pelo Homem está trazendo água para o povo e fornecimento de água para uso municipal, industrial e agrícola. A estratégia da autoridade responsável líbia visa aumentar a produção agrícola e pecuária a um nível que atinja a maior taxa possível de auto-suficiência e reduza a dependência de importações provenientes de mercados externos para o menor nível possível. Ela também visa aumentar a capacidade produtiva da força de trabalho e dos investimentos de capital no setor, e na produção de matérias-primas para as indústrias de processamento de alimentos.
De acordo com o escritor Ali Baghdadi, "o rio é uma nova lição e um exemplo na luta para alcançar a auto-suficiência, segurança alimentar e verdadeira independência. Nenhuma nação que depende de um país estrangeiro para alimentar seu povo pode ser livre. The Great rio é um triunfo contra a sede e fome. É uma derrota contra a ignorância e o subdesenvolvimento. Ele reflete a determinação dos líbios para resistir à pressão colonial, para adquirir tecnologia, para desenvolver, para melhorar suas vidas, e para controlar seu próprio destino, de acordo com sua própria vontade. "

Original em inglês no
http://www.galenfrysinger.com/man_made_river_libya.htm

AS HIENAS MATARAM O “LEÃO DO DESERTO”

O massacre praticado pela OTAN a serviço do imperialismo norte-americano na Líbia, assassinando mais de 200.000 líbios, entre civis e militares, demonstra que a humanidade corre um grande perigo com a união de 70 países subservientes aos EUA e Israel (países da OTAN).
Os governos nacionalistas, honrados, serão destruídos e caluniados, humilhados e assassinados pela maior potência militar do planeta e seus cúmplices.
No caso da Líbia, as hienas (governantes e militares da OTAN e EUA), mataram o “Leão do Deserto” Muamar Kadafi. Mataram o homem, mas não suas idéias. O Livro Verde, a Terceira Teoria Universal, um guia para a conquista da verdadeira democracia direta, onde o povo governa sem representantes (políticos corruptos), não pode ser apagado. Mataram um homem mas suas idéias poderosas escreverão a história e no futuro as hienas serão chamadas de hienas. Hoje, nesses tempos obscuros, as hienas se chamam Barak Obama, Sarkozy, Cameron, Berlusconi, Netanyahu, entre outros, mas não passam de hienas sobrevivendo daquilo que roubam dos mais fracos.
Diversas instalações do Grande Rio construído por Kadafi foram bombardeadas pela OTAN, para que empresas norte-americanas, inglesas e francesas reconstruíssem com valores superfaturados, para pagar a “comissão” dos políticos e militares dos respectivos países. Este é o preço para assassinar covardemente mais de 200.000 líbios, entre homens, idosos, homens e mulheres.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

EUA lança nova arma hipersônica de destruição em massa


O fato de os Estados Unidos, mesmo em crise econômica e política – com milhares de pessoas ocupando as ruas para protestar contra o sistema – terem anunciado o sucesso, há três dias, do vôo de teste, entre o Havaí e as Ilhas Marshall, de uma nova bomba voadora, de velocidade supersônica, capaz de atingir qualquer ponto do globo em menos de uma hora, tem que servir de alerta para o Brasil e para os BRICS.
Enquanto investimos bilhões na compra de equipamento e tecnologia militar obsoleta, como os submarinos Scorpéne e, eventualmente, o Rafale, desenvolvidos há mais de 30 anos, os Estados Unidos não cessam de pesquisar novas armas de destruição em massa, e sistemas de armamento naval como o canhão magnético de munição cinética, anunciado no ano passado, que não depende de combustível para atingir alvos a uma distância de 300 quilômetros.
Isso, apesar de Washington ter um déficit de 7 trilhões de dólares, boa parte dele derivado dos 35 bilhões de dólares que gasta, por semana, para manter seus soldados no Iraque e no Afeganistão, países dos quais já prepara a retirada de suas tropas convencionais – com o rabo entre as pernas – a partir do ano que vem.
A insistência de os Estados Unidos em continuarem se armando, mesmo em uma situação de crise econômica e institucional crescente, aponta para a cristalização de uma perigosa equação, que, do ponto de vista do resto do mundo – excetuando-se a Europa, cada vez mais submissa aos interesses norte-americanos – equivale a um mendigo louco com uma arma na mão na praça de alimentação de um Shopping, ou, à velha metáfora, mais usada antigamente, de um macaco solto em uma loja de louças.
Como a história mostrou nos anos do equilíbrio do terror da Guerra Fria, quando os EUA não ousariam invadir países como o Iraque e o Afeganistão, sem a aquiescência tácita da URSS, de nada adianta construir uma nova ordem multipolar, se o poder no mundo continuar obedecendo a uma situação unipolar do ponto de vista militar.
O BRICS tem se erguido, nos últimos anos, na economia e na diplomacia, justamente para fazer frente à Europa e aos Estados Unidos, porque o mundo não pode continuar refém, como tem acontecido, das decisões que são tomadas em uma Europa e em uma América do Norte cada vez mais frágeis, no âmbito político-institucional, e cada vez mais decadentes, do ponto de vista econômico.
Nada disso funcionará, no entanto, se a projeção do crescente poder do BRICS não se fizer, também, na área militar. Não dá para se pensar em uma estratégia de defesa viável, no futuro, se não juntarmos nossos recursos financeiros e tecnológicos, nosso conhecimento e nossos pesquisadores militares aos da Rússia, da China, da Índia e da África do Sul para o desenvolvimento de uma nova geração de armamentos que vá, como está ocorrendo com os Estados Unidos, um pouco além do armamento convencional hoje existente.
Não se pode confiar nem cooperar com os países ocidentais nessa área. Eles só nos vêem como “parceiros” da hora dos coquetéis de seus adidos militares, ou no quando tem interesse de nos vender material obsoleto para utilizar o lucro no desenvolvimento de novas gerações de armamentos. Quando chega o momento de a onça beber água, eles se aliam entre si, e nos vêem como sempre nos viram, como um bando de subdesenvolvidos. Que o diga a Argentina, que até hoje não esqueceu as lições que aprendeu quando precisou de armamento para reposição na Guerra das Malvinas.

Fonte:Blog Mauro Santayana

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Saif Kadafi comanda guerra de libertação da Líbia



O covarde assassinato de 200.000 líbios – entre civis e militares – pelas bombas da Otan e rebeldes mercenários, a serviço do colonialismo norte-americano, francês e inglês, e o sacrifício do líder Muamar Kadafi, não ficarão impunes. Os traidores da Líbia que se uniram à Al Qaeda, e os mercenários financiados pelas potências imperialistas e retrógradas monarquias árabes pagarão o preço pelo sangue derramado. A guerra para libertar a Líbia e vingar os crimes cometidos pelas potências invasoras está apenas começando.
No território líbio, em uma aldeia cujo nome não pode ser revelado, o líder da resistência líbia, Saif Al Islam Al Kadafi, continua à frente da elite do Exército Líbio, preparando ações pontuais para libertar o território líbio, seguindo o mesmo caminho dos imortais Omar Moukhtar e Muamar Kadafi.
Segundo Chabab Libya El Ahrar, nos próximos dias haverá uma grande movimentação de forças libertadoras na Líbia, entre as quais o Exército de Libertação da Líbia (frentes de Warfala, Sirte e Zliten), tribos de tuaregs e de várias localidades líbias, somando aproximadamente 23.000 voluntários. O Exército da Região Sul da Líbia e os comandos guerrilheiros da Montanha Oeste estão se reunindo para dar uma resposta aos invasores da Jamahiriya Líbia.
Estas informações partem de comunicados oficiais do Exército de Libertação, cuja vitória esmagadora na semana passada em Warchafna demonstra que os combates não serão meras escaramuças, mas verdadeiros combates entre nacionalistas e traidores, onde os traidores fogem ou são derrotados.
Como dizia o líder imortal Muamar Kadafi, “a OTAN não ficará eternamente na Líbia, e quando ela se retirar, o povo líbio vai reconquistar sua liberdade e soberania”.
O comandante da luta de libertação da Líbia, Saif Al Islam Al Kadafi, escreverá nos próximos dias páginas imortais na história de libertação da Jamahiriya, ao lado dos combatentes líbios que não se rendem e que combatem até a vitória final, com heroísmo e valentia, honrando seus antepassados e mártires.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

El león ha muerto y las hienas chillan


París, festividad de San Andrés Avelino, confesor, y de los santos Trifón, Respicio y Ninfa, mártires. Tras su reciente paso por Madrid, FARO ha tenido ocasión de conversar con S.A.R. Don Sixto Enrique de Borbón sobre los trágicos acontecimientos en Libia, adonde el propio Abanderado de la Tradición viajó en dos ocasiones durante la guerra de devastación que ha sufrido dicho país norteafricano. Resumimos a continuación las palabras del Duque de Aranjuez, con su autorización.

El león ha muerto y las hienas chillan

La agresión contra Libia ha supuesto un montaje vergonzoso y criminal, que va a estimular muchas más reacciones del lado musulmán. Ha sido además una indecente exhibición de hipocresía, con el propio gobierno estadounidense ayudando y financiando a grupos idénticos a los supuestos autores del atentado de las Torres Gemelas en Nueva York. Tras los llantos oficiales del décimo aniversario de aquello, han respaldado sin la menor vergüenza a los elementos libios de Al Qaeda, que estaban en Bengasi.

Tras esta agresión no sólo se esconden los intereses de las petroleras francesas y estadounidenses, al precio de la sangre de la población libia. Por parte de Nicolás Sarkozy, iniciador de todo ello, pueden adivinarse las siguientes motivaciones, entre otras:
1. La amistad del actual Presidente de la República Francesa con el riquísimo Bernard-Henri Lévgy, bien conocido como agente de una potencia determinada.
2. Su propósito de hacerse el interesante ante las futuras elecciones.
3. Facilitarse una posición económica interesante después de abandonar el poder, complaciendo a los Estados Unidos de Norteamérica.
Se ha destruido al único país africano de situación social razonable. Con los recursos del petróleo, el Estado proporcionaba a cada familia el equivalente de entre cuatro y cinco mil euros mensuales. Cualquier iniciativa empresarial de un súbdito libio era sufragada por el Estado. Datos como estos muestran la falsedad de la pretendida desesperación del pueblo libio difundida por casi todos los medios occidentales.

La devastación de Libia es el resultado de un montaje espantoso con pretexto de "evitar" una supuesta matanza, que el Gobierno libio nunca planeó llevar a cabo. Entre otras buenas razones, porque no era necesaria, ya que sólo en el área de Bengasi se localizaba un pequeño grupo contrario a Gadafi, grupo vinculado a Al Qaeda y financiado desde el exterior.

Montaron este artificio hablando de "dictadura", término que en este contexto no tenía significación ninguna, ya que la población de Libia, de no más de seis millones de personas, apoyaba el régimen de Gadafi de forma absolutamente mayoritaria, al contrario de lo que pretende la prensa internacional.

Los criminales bombardeos de la OTAN son tanto más escandalosos si se considera que su excusa era una resolución --tomada después de que se iniciaran los ataques-- del Consejo de Seguridad de la ONU, que sólo autorizaba a emplear la fuerza para impedir volar a los aviones de la Fuerza Aérea libia. Los aviones franceses, primero, y luego los españoles, los británicos, los estadounidenses, los de Qatar... bombardearon a toda la población, precisamente en contra de la misma resolución que sus gobiernos utilizaban como excusa.

Ahora, a pesar de aquel apoyo de la población a Muamar el Gadafi, "el Guía", éste ha sido asesinado de la forma más execrable, y el nuevo "gobierno" salido de la misma minoría de Al Qaeda en Bengasi, instalado por las armas occidentales, se apresura a imponer la "Sharia", anulando las leyes de Gadafi contra la poligamia, etcétera. Otro paso en el suicidio de Occidente, a costa de la devastación de un país y el sufrimiento de un pueblo.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O mapeamento da resistência na Líbia


A chamada grande imprensa não vai divulgar a informação a seguir, transmitida por jornalistas independentes que acompanham a guerra de agressão à Líbia pela Otan, a mando de potências imperialistas.
Mesmo após os bombardeios terroristas da Otan que destruiu diversas cidades líbias, assassinando mais de 150.000 pessoas, o povo árabe líbio não está disposto a se submeter a um governo fantoche dos imperialistas. Tudo mostra que a luta pela libertação da Líbia do domínio estrangeiro será longa e renhida. A situação atual pode ser melhor compreendida a partir das cores do mapa publicado acima:
O sul da Líbia (cor verde) é local de resistência, graças às tribos tuareg e tubu, partidários da Jamahiriya (o Poder Popular). O Exército Popular de Liberação da Líbia, comandado por Saif Al Islam Al Kadafi, está se deslocando pela região e se fortalecendo com o apoio de outras tribos e povos do deserto.
O centro do país (cor branca) é a zona disputada pelo CNT e Exército Popular de Libertação da Líbia. Sem o apoio das bombas da Otan os rebeldes da CNT sofrem baixas diárias e não tem perspectiva alguma de controlar o país.
O norte da Líbia (cor preta) é território aparentemente dominado pela CNT, forças especiais (mercenários) da Otan e grupos fundamentalistas islâmicos, comandados pela Al Qaeda.
As manchas vermelhas representam as forças de resistência líbia atomizadas no território ocupado pela CNT. A guerrilha urbana, organizada em células independentes, provoca baixas entre os rebeldes e evitam – por enquanto - o enfretamento corpo a corpo.
Tudo isto ocorre enquanto as promessas dos imperialistas que invadiram a Líbia não são cumpridas. Os mercenários estrangeiros e rebeldes não estão recebendo os salários prometidos pelos dirigentes da CNT (o dinheiro está sendo desviado para paraísos fiscais porque eles sabem que não se manterão no poder por muito tempo). A situação é explosiva e ninguém pode prever o que pode acontecer nas próximas horas.
O governo fantoche da Líbia, a CNT, pediu ao governo dos Estados Unidos da América que mantenha a Otan no país, bombardeando a população civil líbia, para tentar evitar o crescimento da resistência. Mas os governos dos países que comandam a Otan não estão dispostos a continuar gastando fortunas com a guerra de ocupação porque o que eles desejavam já conseguiram: gerentes (traidores) para administrar o roubo de petróleo líbio.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

El Papel Genocida de la OTAN



El 9 de marzo del año actual bajo el título “La OTAN, la guerra, la mentira y los negocios”publiqué una nueva Reflexión sobre el papel de esa organización bélica.
Selecciono los párrafos fundamentales de aquella Reflexión:
“Como algunos conocen, en septiembre de 1969, Muammar Al-Gaddafi, un militar árabe beduino de peculiar carácter e inspirado en las ideas del líder egipcio Gamal Abdel Nasser, promovió en el seno de las Fuerzas Armadas un movimiento que derrocó al Rey Idris I de Libia, un país desértico casi en su totalidad y de escasa población, situado al norte de África, entre Túnez y Egipto.”
“Nacido en el seno de una familia de la tribu beduina de pastores nómadas del desierto, en la región de Trípoli, Gaddafi era profundamente anticolonialista.”
“…los adversarios de Gaddafi aseguran que se destacó por su inteligencia como estudiante; fue expulsado del liceo por sus actividades antimonárquicas. Logró matricularse en otro liceo y después graduarse en leyes en la Universidad de Bengasi a los 21 años. Ingresa después en el Colegio Militar de Bengasi donde creó lo que se denominó el Movimiento Secreto Unionista de Oficiales Libres, concluyendo posteriormente sus estudios en una academia militar británica.”
“Había iniciado su vida política con hechos incuestionablemente revolucionarios.
“En marzo de 1970, tras manifestaciones masivas nacionalistas, logró la evacuación de los soldados británicos del país y, en junio, Estados Unidos desalojó la gran base aérea cerca de Trípoli, entregada a instructores militares egipcios, país aliado a Libia.
“En 1970, varias compañías petroleras occidentales y sociedades bancarias con participación de capitales extranjeros fueron afectadas por la Revolución. A fines de 1971, la famosa British Petroleum corrió la misma suerte. En el área agropecuaria todos los bienes italianos fueron confiscados, los colonos y sus descendientes expulsados de Libia.”
“El líder libio se enfrascó en teorías extremistas que se oponían tanto al comunismo como al capitalismo. Fue una etapa en la que Gaddafi se dedicó a la teorización, que no tiene sentido incluir en este análisis, aunque sí señalar que en el artículo primero de la Proclama Constitucional de 1969 se establecía el carácter “Socialista” de la Jamahiriya Árabe Libia Popular.
“Lo que deseo enfatizar es que a Estados Unidos y sus aliados de la OTAN nunca le interesaron los derechos humanos.
“La olla de grillos que tuvo lugar en el Consejo de Seguridad, en la reunión del Consejo de Derechos Humanos con sede en Ginebra, y en la Asamblea General de la ONU en Nueva York, fue puro teatro.”
“El imperio pretende ahora […] intervenir militarmente en Libia y golpear la ola revolucionaria desatada en el mundo árabe.”
“Promovida la latente rebeldía libia por los órganos de inteligencia yanki, o por los errores del propio Gaddafi, es importante que los pueblos no se dejen engañar, ya que muy pronto la opinión mundial tendrá suficientes elementos para saber a qué atenerse.”
“Libia, igual que muchos países del Tercer Mundo, es miembro del Movimiento de Países No Alineados, del Grupo de los 77 y otras organizaciones internacionales, a través de las cuales se establecen relaciones independientemente del sistema económico y social de cada Estado.
“A grandes rasgos: la Revolución en Cuba, inspirada en principios Marxistas-Leninistas y Martianos, había triunfado en 1959 a 90 millas de Estados Unidos, que nos impuso la Enmienda Platt y era propietario de la economía de nuestro país.
“Casi de inmediato, el imperio promovió contra nuestro pueblo la guerra sucia, las bandas contrarrevolucionarias, el criminal bloqueo económico, y la invasión mercenaria de Girón, custodiada por un portaaviones y su infantería de marina lista para desembarcar si la fuerza mercenaria obtenía determinados objetivos.”
“Todos los países latinoamericanos, con la excepción de México, participaron del criminal bloqueo que todavía perdura, sin que nuestro país jamás se rindiera.”
“En enero de 1986, esgrimiendo la idea de que Libia estaba detrás del llamado terrorismo revolucionario, Reagan ordenó romper relaciones económicas y comerciales con ese país.
“En marzo del año 1986, una fuerza de portaaviones en el Golfo de Sirte, dentro de aguas consideradas nacionales por Libia, desató ataques que ocasionaron la destrucción de varias unidades navales provistas de lanzamisiles y de sistemas de radares de costa que ese país había adquirido en la URSS.
“El 5 de abril, una discoteca en Berlín Occidental, frecuentada por soldados de Estados Unidos, fue víctima de explosivos plásticos, en el que tres personas murieron, dos de ellas militares norteamericanos y muchos fueron heridos.
“Reagan acusó a Gaddafi y ordenó a la Fuerza Aérea que diera respuesta. Tres escuadrones despegaron de los portaaviones de la VI Flota y bases en el Reino Unido, atacaron con misiles y bombas siete objetivos militares en Trípoli y Bengasi. Alrededor de 40 personas murieron, 15 de ellas civiles […] cuando un misil impactó directamente en la residencia (del líder libio), su hija Hanna murió y otros dos hijos resultaron heridos. El hecho recibió un amplio rechazo; la Asamblea General de la ONU aprobó una resolución de condena por violación de la Carta de la ONU y el Derecho Internacional. Igual hizo en términos enérgicos el Movimiento de Países No Alineados, la Liga Árabe y la OUA.
“El 21 de diciembre de 1988, un Boeing 747 de la compañía Pan Am que volaba de Londres a Nueva York se desintegró en pleno vuelo por el estallido de una bomba…”
“Las investigaciones, según los yankis, implicaban a dos agentes de la inteligencia Libia.”
“Una leyenda tenebrosa se fabricó contra él con la participación de Reagan y Bush padre.”
“El Consejo de Seguridad le había impuesto sanciones a Libia que comenzaron a superarse cuando Gaddafi aceptó someter a juicio, con determinadas condiciones, a los dos acusados por el avión que estalló sobre Escocia.
“Delegaciones libias comenzaron a ser invitadas a reuniones intereuropeas. En julio de 1999 Londres inició el restablecimiento de relaciones diplomáticas plenas con Libia, después de algunas concesiones adicionales.”
“El 2 de diciembre, Massimo D’Alema, primer ministro italiano, realizó la primera visita de un jefe de gobierno europeo a Libia.
“Desaparecida la URSS y el campo socialista de Europa, Gaddafi decidió aceptar las demandas de Estados Unidos y la OTAN.”
“A inicios del 2002, el Departamento de Estado informó que estaban en curso conversaciones diplomáticas entre Estados Unidos y Libia.”
“Al iniciarse el año 2003, en virtud del acuerdo económico sobre indemnizaciones alcanzado entre Libia y los países demandantes, Reino Unido y Francia, el Consejo de Seguridad de la ONU levantó las sanciones de 1992 contra Libia.
“Antes de finalizar el 2003, Bush y Tony Blair informaron de un acuerdo con Libia, país que había entregado a expertos de inteligencia del Reino Unido y Washington documentación de los programas no convencionales de armas, así como misiles balísticos con un alcance superior a 300 kilómetros. […] Era el fruto de muchos meses de conversaciones entre Trípoli y Washington, como reveló el propio Bush.
“Gaddafi cumplió sus promesas de desarme. En pocos meses Libia entregó las cinco unidades de misiles Scud-C con un alcance de 800 kilómetros y los cientos de Scud-B, cuyo alcance sobrepasaba los 300 kilómetros en misiles defensivos de corto alcance.
“A partir de octubre de 2002 se inició el maratón de visitas a Trípoli: Berlusconi, en octubre de 2002; José María Aznar, en septiembre de 2003; Berlusconi de nuevo en febrero, agosto y octubre de 2004; Blair, en marzo de 2004; el alemán Schröeder, en octubre de ese año; Jacques Chirac, en noviembre de 2004.”
“Gaddafi recorrió triunfalmente Europa. Fue recibido en Bruselas en abril de 2004 por Romano Prodi, presidente de la Comisión Europea; en agosto de ese año el líder libio invitó a Bush a visitar su país; Exxon Mobil, Chevron Texaco y Conoco Philips ultimaban la reanudación de la extracción de crudo a través de joint ventures.
“En mayo de 2006, Estados Unidos anunció la retirada de Libia de la lista de países terroristas y el establecimiento de relaciones diplomáticas plenas.
“En 2006 y 2007, Francia y Estados Unidos suscribieron acuerdos de cooperación nuclear con fines pacíficos; en mayo de 2007, Blair volvió a visitar a Gaddafi en Sirte. British Petroleum firmó un contrato ‘enormemente importante’ según se declaró para la exploración de yacimientos de gas.
“En diciembre de 2007, Gaddafi realizó dos visitas a Francia y firmó contratos de equipamientos militares y civiles por valor de 10 000 millones de euros; y a España, donde se entrevistó con el presidente del Gobierno José Luis Rodríguez Zapatero. Contratos millonarios se suscribieron con importantes países de la OTAN.
“¿Qué es lo que ahora ha originado la retirada precipitada de las embajadas de Estados Unidos y los demás miembros de la OTAN?
“Todo resulta sumamente extraño.
“George W. Bush, padre de la estúpida guerra antiterrorista, declaró el 20 de septiembre de 2001 a los cadetes de West Point ‘Nuestra seguridad requerirá […] la fuerza militar que ustedes dirigirán, una fuerza que debe estar lista para atacar inmediatamente en cualquier oscuro rincón del mundo. Y nuestra seguridad requerirá que estemos listos para el ataque preventivo cuando sea necesario defender nuestra libertad…’.”
“Debemos descubrir células terroristas en 60 países o más […] Junto a nuestros amigos y aliados, debemos oponernos a la proliferación y afrontar a los regímenes que patrocinan el terrorismo, según requiera cada caso.”
Añado hoy que Afganistán un país tradicionalmente rebelde, fue invadido; las tribus nacionalistas antaño aliadas de Estados Unidos en su lucha contra la URSS, fueron bombardeadas y masacradas. La guerra sucia se extendió por el mundo. Irak fue invadido con pretextos que resultaron falsos, sus abundantes recursos petroleros pasaron a manos de empresas yankis, millones de personas perdieron sus empleos y fueron obligadas a desplazarse dentro o fuera del país, sus museos fueron saqueados e incontables ciudadanos perdieron la vida o fueron masacrados por los invasores.
Volviendo a la Reflexión, señalé:
“Un despacho de la AFP procedente de Kabul […] revela que: ‘El año pasado fue el más letal para los civiles en nueve años de guerra entre los talibanes y las fuerzas internacionales en Afganistán, con casi 2 800 muertos, un 15% más que en 2009, indicó el miércoles un informe de la ONU, que subraya el costo humano del conflicto para la población’.”
“Con 2 777 exactamente, el número de civiles muertos en 2010 aumentó en 15% con respecto a 2009, indica el informe anual conjunto de la Misión de Asistencia de las Naciones Unidas en Afganistán….”
“El presidente Barack Obama expresó el 3 de marzo su ‘profundo pesar’ al pueblo afgano por los nueve niños muertos, y también lo hicieron el general estadounidense David Petraeus, comandante en jefe de la ISAF, y el secretario de Defensa, Robert Gates.”
“…el reporte de la UNAMA destaca que el número de civiles muertos en 2010 es cuatro veces superior a los soldados de las fuerzas internacionales caídos en combate en ese mismo año.”
En lo que se refiere a Libia, señalé:
“Durante 10 días, en Ginebra y en Naciones Unidas, se pronunciaron más de 150 discursos sobre violaciones de los derechos humanos que fueron repetidos millones de veces por televisión, radio, Internet y la prensa escrita.
“El Ministro de Relaciones Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, en su intervención del pasado 1º de marzo de 2011 ante los Ministros de Relaciones Exteriores reunidos en Ginebra, expresó:
“La conciencia humana rechaza la muerte de personas inocentes en cualquier circunstancia y lugar. Cuba comparte plenamente la preocupación mundial por las pérdidas de vidas de civiles en Libia y desea que su pueblo alcance una solución pacífica y soberana a la guerra civil que allí ocurre, sin ninguna injerencia extranjera, y que garantice la integridad de esa nación.”
“Si el derecho humano esencial es el derecho a la vida, ¿estará listo el Consejo para suspender la membresía de los Estados que desaten una guerra?
“¿Suspenderá a los Estados que financien y suministren ayuda militar empleada por el Estado receptor en violaciones masivas, flagrantes y sistemáticas de los derechos humanos y en ataques contra la población civil, como las que ocurren en Palestina?
“¿Aplicará esa medida contra países poderosos que realicen ejecuciones extrajudiciales en territorio de otros Estados con empleo de alta tecnología, como municiones inteligentes y aviones no tripulados?
“¿Qué ocurrirá con Estados que acepten en sus territorios cárceles ilegales secretas, faciliten el tránsito de vuelos secretos con personas secuestradas o participen de actos de tortura?”
“Estamos contra la guerra interna en Libia, a favor de la paz inmediata y el respeto pleno a la vida y los derechos de todos los ciudadanos, sin intervención extranjera, que solo serviría a la prolongación del conflicto y los intereses de la OTAN.”
Ayer 31 de octubre se produjo un hecho que, como tantos otros, testimonia la falta total de ética en la política yanki.
La Organización de Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura, acababa de adoptar una decisión valiente: otorgar al pueblo heroico de Palestina el derecho a participar como miembro activo en la UNESCO; 107 estados votaron a favor, 14 en contra, 52 se abstuvieron de votar. Todos conocemos perfectamente por qué.
La representante de Estados Unidos en esa institución, siguiendo instrucciones del premio Nobel de la Paz, declaró de inmediato que a partir de ese instante su país suspendía toda ayuda económica a la organización, destinada por la ONU a la educación, la ciencia y la cultura.
El acento dramático con que la dama anunció la decisión era totalmente innecesario. Nadie se sorprendió con la esperada y cínica decisión.
Mas, si fuese todavía poco, bastaría el cable de la AFP fechado en Washington la tarde de hoy a las 16:05:
“‘Tras la cumbre del G20 (…) el presidente (Obama) y el presidente Sarkozy participarán en una ceremonia en Cannes para celebrar la alianza entre Estados Unidos y Francia’, indicó la presidencia estadounidense, precisando que los dirigentes se encontrarán también con ‘soldados estadounidenses y franceses que han participado juntos en la operación’ en Libia.”
Proseguirá próximamente.

Fidel Castro Ruz

sábado, 5 de novembro de 2011

A Honra Reconquistada de Muammar al-Gaddafi



Mário Maestri*
Muammar Abu Minyar al-Gaddafi caiu combatendo na defesa da independência nacional de sua nação. Resistiu, cidade por cidade, quarteirão por quarteirão, casa por casa, até ficar encurralado com seus derradeiros companheiros e companheiras, feras indomáveis, nos poucos metros de terra líbia livre. Como dissera, enfrentou, até a morte, irredutível, a coligação das mais poderosas nações imperialistas ocidentais.
Ferido, foi preso, achincalhado, arrastado, torturado e, já moribundo, assassinado. Em torno dele desencadernava a canalha armada e excitada que se banqueteava, havia semanas, rapinando, executando, violando a população da cidade heróica de Sirte, arrasada por sua resistência à recolonização do país. Sirte, no litoral mediterrânico, com mais de 130 mil habitantes, éi sede de universidade pública, destruída, e do terminal do impressionante rio artificial que retirava as águas fósseis do deserto do Saara para aplacar a das populações e agricultura líbia.
Nas últimas cidades rebeldes, encanzinados franco-atiradores, homens e mulheres, jovens e adultos, foram calados com o arrasamento pela artilharia pesada dos prédios em que se encontravam. Estradas, portos, centrais elétricas e telefônicas, quartéis, escolas, creches, hospitais, aeroportos, estações televisivas e radiofônicas, a infraestrutura do país construída nas últimas quatro décadas, foi arrasada por seis meses de ataques aéreos, navais e missilísticos - mais de cinqüenta mil bombas! -, responsáveis por enorme parte dos talvez cinqüenta mil mortos, em população de pouco mais de seis milhões de habitantes.
A lúgubre paz dos cemitérios reina finalmente sobre a Líbia submetida.
Quarenta e dois anos após a conquista de sua independência nacional, a Líbia retorna ao controle neocolonial do imperialismo inglês e francês, que dividiram a hegemonia sobre o país após a 2ª Guerra, que pôs fim à dura dominação colonial da Itália fascista. Tudo é claro sob a vigilância impassível da hiena estadunidense.
Em 1969, o então jovem coronel Muammar, com 27 anos, chegava do deserto para comandar o golpe de jovens militares pela independência e unidade da Líbia, animado pelas esperançosas idéias do pan-arabismo de corte nacionalista e socialista. Do movimento surgiu um Estado laico, progressista e anti-imperialista, que nacionalizou os bancos, as grandes empresas e os recursos petrolíferos do país.
Quarenta e três anos mais tarde, Gaddafi cai simbolizando os mesmos ideais. Com sua morte, expia dramática e tardiamente sua irresponsável tentativa de acomodação às forças do imperialismo, empreendida após a vitória mundial da contra-revolução liberal.
Quem abraça o demônio, jamais dirige a dança! Foi o movimento de privatizações, de "austeridade", de abertura ao capital mundial, de apoio às políticas imperialistas na África, etc., sob os golpes da crise mundial, o grande responsável pela perda de consenso social de ordem que, no contexto de suas enormes contradições, realizara a mais ampla e democrática distribuição popular da renda petroleira das nações arábico-orientais.
Por décadas, ao contrário do que ocorria com tunisianos, argelinos, egípcios, etc. não se viu na Europa um líbio à procura de um trabalho que encontrava em seu país. Ao contrário, o país terminou como destino de forte imigração de trabalhadores da África negra subsaariana, atualmente maltratados, torturados, executados por membros das "tropas revolucionárias" arregimentadas pelo imperialismo, sob a desculpa de ser os "mercenários" de Ghadafi.
A intervenção na Líbia não procurou apenas recuperar o controle direto das importantes reservas petrolíferas pelo imperialismo inglês, francês e estadunidense. Objetivou também assentar golpe mortal na revolução democrática e popular do norte da África, mostrando a capacidade de arrasar implacavelmente qualquer movimento de autonomia real. Com uma Líbia recolonizada, espera-se construir plataforma de intervenção regional, que substitua o hoje convulsionado Egito.
A operação líbia significou também conquistas marginais, além do controle do petróleo, da disposição de sufocação da revolução democrático-popular árabe, da construção de plataforma imperialista na região.
Enormes segmentos da esquerda mundial, sem exceção de grupos auto-proclamados radicais, embarcaram-se no apoio de fato à intervenção imperialista, defendendo graus diversos da sui-generis proposta de estar com o "movimento revolucionário" líbio e contra o imperialismo que o criara e sustentara. Aplaudiam as bombas que choviam sobre o país, propondo que não sustentavam a intervenção da OTAN!
Para não se distanciarem da opinião pública sobre o governo líbio e os sucessos atuais, construída pela tradicional subordinação e hipocrisia da grande mídia mundial, seguiram na saudação das forças "revolucionárias líbias", como se não fossem meras criaturas da intervenção imperialista, como demonstraram - e seguirão demonstrando - inapelavelmente os fatos! Os revolucionários líbios não avançaram um metro nos combates, sem o aterrador apoio aéreo e a seguir terrestre da OTAN. Em não poucos casos, também como fizera Gaddafi nos últimos tempos, procuram consciente ou inconscientemente acomodar-se à besta imperialista.

Mário Maestri, 63, sul-rio-grandense, é professor do curso e do Programa de Pós-Graduação em História da UFF. maestri@via-rs.net

Fonte: Pravda

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Saif Al Kadafi vai comandar a guerra de libertação da Líbia


Otan teme resistência e anuncia construção de base militar na Líbia
O jornal egípcio Hator Ra! divulgou que obteve informações seguras sobre os planos do governo norte-americano para impedir a resistência do povo líbio ao novo governo fantoche: será construída uma base militar da Otan com 20.000 soldados nos próximos meses em território líbio.
Esta base é uma inovação na estratégia militar norte-americana. Atualmente 983 bases militares norte-americanas estão espalhadas por diversos países do mundo, visando o domínio mundial, a escravização dos povos e o roubo de suas riquezas naturais. Para manipular a opinião pública mundial, o governo norte-americano passa – a partir da Líbia – a construir bases militares que serão ocupadas por soldados da Otan, sob as ordens dos militares norte-americanos.
Na Líbia o grande temor dos norte-americanos é a resistência militar que deverá ocorrer assim que as promessas do Conselho Nacional de Transição (governo fantoche) deixarem de ser cumpridas, frustrando as esperanças de parte da população. A partir da entrega das riquezas naturais do país às potências estrangeiras – gás e petróleo -, não haverá recursos para atender às necessidades da maioria da população, acostumada a desfrutar de água, luz, medicina e habitação gratuitas, fornecidos pelo governo da Jamahiriya Líbia de Muamar Kadafi.
Apesar das mentiras diárias publicadas pelos meios de comunicação ocidentais, de que Saif El Islam Al Kadafi (o sucessor de Muamar Kadafi) estaria disposto a se entregar ao Tribunal Penal Internacional, ele se encontra em território líbio protegido por suas forças, organizando a resistência líbia à ocupação do país após bombardeios criminosos e terroristas da Otan que destruíram diversas cidades e vitimaram mais de 150.000 civis indefesos.
A resistência líbia está se reagrupando e a única forma de impedir seu avanço é através da força descomunal da Otan (70 países reunidos na missão de massacrar os pequenos povos a serviço do imperialismo norte-americano).
De acordo com o resultado do último Congresso da Resistência líbia no dia 1 de novembro, que reuniu membros dos movimentos revolucionários, movimentos de resistência nacional, membros do exército líbio, guarda revolucionária e comitês de segurança, toda a resistência estará subordinada ao general Saif Al Islan Al Kadafi. Ao assumir o papel de “Libertador da Líbia”, Saif declarou: “Não nos renderemos. Nosso dever é seguir lutando!”
A imprensa ocidental não está divulgando as ações da resistência líbia em diversas cidades, mas a luta continuará até a libertação total do país, afirmou Saif Kadafi.