sexta-feira, 22 de abril de 2011

A população civil líbia recebe armas para enfrentar mercenários da Otan



O povo líbio está recebendo armas na maioria das cidades para enfrentar um possível ataque de mercenários da OTAN (NATO).
"Muitas cidades têm se organizado em pelotões para combater qualquer possível invasão da Otan", disse Mussa Ibrahim a jornalistas, dizendo que "toda a população" está recebendo rifles e armas leves.
"Se a Otan vier a Misrata ou a qualquer cidade líbia, nós soltaremos o inferno sobre a Otan. Nós seremos uma bola de fogo... Nós faremos 10 vezes pior que o Iraque."
As declarações foram feitas um dia depois que a França prometeu aos rebeldes líbios que vai intensificar os ataques aéreos sobre as forças do líder Muammar Gaddafi e enviar militares para ajudar os insurgentes. O governo Sarkozy é o principal interessado nesta guerra porque a França depende em 85% de energia de usinas nucleares. Com a popualção francesa exigindo o fim dessas usinas, o país precisa desesperadamente de gás produzido pela Líbia. Além disso, Sarkozy conta com a aprovação de apenas 28% dos franceses, e tenta reverter essa posição de derrota nas próximas eleições com esta criminosa aventura militar. Outro fator decisivo seriam as provas que o governo líbio tem de ter financiado a campanha eleitoral do presidente francês.
Nicolas Sarkozy -- que tem liderado a intervenção sancionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) -- não disse como as forças da Otan vão superar o impasse após os Estados Unidos e vários aliados europeus terem negado a se juntar aos ataques terrestres.
Ibrahim disse: "Nós estamos armando toda a população, não para combater os rebeldes ... O que nós estamos combatendo é a Otan e se a Otan pensa em vir por terra para ocupar qualquer cidade na Líbia, eles não serão confrontados pelo Exército líbio, mas serão confrontados pelas tribos líbias, jovens líbios, homens e mulheres."
Ele disse que as forças do governo controlam 80 por cento da cidade de Misrata, no oeste do país -- onde insurgentes e residentes dizem estar enfrentando bombardeios diários por tropas pró-Gaddafi.
Os rebeldes controlam apenas o porto e a área ao redor, acrescentou Ibrahim. "Nosso problema em Misrata não é o balanço de poder, porque ... todas as tribos em Misrata e fora de Misrata declararam que estão com o governo legítimo deste país", disse ele. O porto é a última trincheira dos rebeldes que serão desalojados nas próximas horas. É através doporto que os rebeldes recebem ajuda militar e financeira dos mercenários da coalizão (governos dos EUA, França e Inglaterra).
"Todas as tribos e cidades em torno de Misrata estão fortemente armadas. Eu estou falando de homens e mulheres normais. E nas próximas horas os rebeldes e mercenários estrangeiros serão derrotados”, concluiu Ibrahim.

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