sexta-feira, 27 de abril de 2012
Iraque e Líbia: o preço do genocídio norte-americano
O Iraque está colhendo os frutos da utilização pelas forças armadas dos Estados Unidos de armas químicas durante a intervenção militar iniciada há nove anos.
Desde então houve aumento de casos de câncer, leucemia, má formações congênitas, paralisia e danos cerebrais. Os bebês sofrem. As taxas de mortalidade infantil são alarmantes.
Segundo Nadim Al Hadidi, médico do hospital de Faluya, uma cidade iraquiana situada 65 quilômetros a oeste de Bagdad, só em janeiro último 672 bebês morreram como conseqüência das armas químicas.
A referida cidade, segundo ainda o médico Al Hadidi, é um dos locais no mundo onde nascem mais crianças sem cérebro, sem olhos ou com intestinos fora da cobertura abdominal.
Na ocasião dos confrontos foi denunciada a utilização pelos militares estadunidenses de armas com fósforo branco e urânio empobrecido. Agora, estão acontecendo fatos trágicos resultantes do uso de armas com o material mencionado.
Enquanto isso a Organização das Nações Unidas, as entidades de defesa dos Direitos Humanos, a mídia ocidental, silenciam criminosamente, demonstrando cumplicidade quando o genocídio é promovido e patrocinado pelo imperialismo norte-americano.
Anistia Internacional denuncia mais crimes na Líbia
Na Líbia, assim como no Iraque, a OTAN (a serviços dos governos dos EUA, França, Inglaterra, Canadá, Catar entre outros criminosos) também utilizou armas químicas, bombas de fragmentação e com urânio empobrecido para destruir a infraestrutura do país e derrubar um governo soberano, para favorecer o roubo de petróleo por parte dos EUA.
Novamente, nesta semana, a Anistia Internacional exortou o Conselho Nacional de Transição a agir imediatamente para investigar e julgar os abusos cometidos contra a comunidade tawargha de líbios negros. A Anistia se pronunciou dessa forma depois da morte de mais um integrante da comunidade na prisão de Misrata. Quase todos os dias algum líbio negro é massacrado ou assassinado pelos bandos criminosos que hoje sustentam o governo fantoche da Líbia.
No último dia 16, o corpo de Barnous Bousa, de 44 anos, pai de dois filhos, foi entregue à família com o corpo marcado por ferimentos provocados por torturas, inclusive uma ferida aberta na cabeça. Como a mídia de mercado ocidental tirou a Líbia do noticiário, os jornalões e telejornalões ignoram fatos dessa natureza.
Após assassinar mais de 200 mil líbios – entre homens, mulheres, idosos e crianças – a mídia ocidental e governos imperialistas estão satisfeitos e silenciam vergonhosamente sobre os crimes diários cometidos na Líbia pelos integrantes e apoiadores do Conselho Nacional de Transição, provando que existe dois pesos e duas medidas para tratar de direitos humanos, nas mais perfeita hipocrisia que a humanidade já conheceu. A conclusão é que a ONU e OTAN são dirigidas e controladas pelo governo imperialista e genocida dos EUA, o resto é cortina de fumaça para enganar a opinião pública mundial.
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