quinta-feira, 30 de junho de 2011

Kadafi resiste e ridiculariza Obama, Sarkozy e Cameron





Mais de 100 dias de ataques cruéis e bombardeios terroristas à Líbia, na maior aliança militar de todos os tempos, não são suficientes para derrotar Kadafi e o povo árabe líbio.
Até o momento quase 2.000 civis inocentes foram assassinados pela ação covarde da Otan – a serviço de Obama, Sarkozy e Cameron -, viadutos, estradas e pontes destruídas, edifícios e residências seriamente destruídas ou danificadas. Centenas de mísseis Tomahawk disparados contra cidades, vilas e aldeias – ao custo de US$ 1,4 milhão a unidade.
Centenas de milhares de dólares gastos com a chamada grande imprensa – jornais e televisão – em diversos países do mundo, para divulgar mentiras e justificar a maior carnificina do século. Tudo isso não é suficiente para derrotar Kadafi e o povo da grande Jamahiriya (poder do povo) Árabe Popular Socialista Líbia.
Qual seria o segredo dessa heróica resistência, quando os jornais e canais de televisão afirmavam – alguns continuam afirmando – que a Líbia se renderia aos grupelhos terroristas financiados pelas potências ocidentais,chamados derebeldes? E Kadafi não estaria de malas prontas para a Venezuela ou Rússia, como dizia a imprensa meses atrás? Os agressores da Líbia – principalmente o governo norte-americano que atacou a Líbia em 1986 e assassinou a filha caçula de Kadafi – deveriam saber que o povo árabe líbio não se entrega, não se rende. Na invasão italiana, o mártir e herói nacional líbio Omar Moukhtar (1862-1931) resistiu ao poderio militar bélico italiano, um dos mais avançados da época, e sedimentou na alma de cada líbio uma enorme aversão ao colonialismo, ao imperialismo, às injustiças e dominações estrangeiras, por isso a Líbia sempre apoiou os povos que lutam por libertação em diversas partes do mundo. Por isso a Líbia nunca reconheceu o estado artificial de Israel.
A derrota da Otan (leia-se Obama, Sarkozy e Cameron) é a derrota da injustiça, do crime organizado sob a fachada de governos imperialistas, da opressão e tentativa de retorno à escravidão. A destruição do Iraque revela as verdadeiras intenções das potências ocidentais, cujos governos são reféns das indústrias bélica e petrolífera.
Ao resistir heroicamente aos ataques terroristas das nações mais poderosas do planeta, a Líbia, com seus pouco mais de 6 milhões de habitantes mostrou ao mundo que um país que pratica a justiça e a liberdade é invencível. Somente a união total do povo líbio ao líder Muamar Kadafi explica a derrota da Otan e das potências ocidentais.
Kadafi não vai deixar o país, como deseja a imprensa mercenária dos países ocidentais, cumprindo ordens do Pentágono, mas, ao contrário,vai continuar liderando seu povo na construção de uma nação próspera, rica, soberana, solidária com diversos países, especialmente as nações africanas.
O líder que construiu o maior rio artificial do mundo para irrigar o deserto, não vai se render a uma coalizão de países dirigidos por governantes corruptos e criminosos.
Estudos estratégicos revelados pelo Wikileaks mostram que esses ataques à Líbia já estavam programados pelo governo imperialista norte-americano desde o ano de 2008, com o único objetivo de roubar petróleo, e nesse sentido Obama se uniu a Sarkoy e Cameron, com a promessa de saquear e dividir os bens do povo líbio. Esses ladrões de petróleo, esses saqueadores de povos e nações, estão sendo derrotados, e seus nomes ficarão para a história como os mais canalhas entre os canalhas, os mais criminosos entre os criminosos.
Kadafi ridicularizou Obama, Sarkozy e Cameron, e não foi esta a primeira vez. Durante a visita de Kadafi à Assembléia Geral das Nações Unidas, o beduíno que se fez líder da Líbia rasgou a Carta das Nações em público (pela primeira vez na história da ONU) e afirmou que a democracia ocidental é uma farsa, que o sistema legislativo construiu uma quadrilha em cada instância de poder (senado, câmara de deputados, assembléia legislativa, prefeituras, governos estaduais, câmaras de vereadores etc) para roubar a população.
E para ridicularizar ainda mais os governantes das chamadas democracias parlamentares (aqueles que fazem guerras para roubar as riquezas naturais dos povos mais fracos) Kadafi mostrou que na Líbia o poder popular é exercido pela própria população através dos Comitês e Congressos Populares, onde o povo não elege representantes, mas participa diretamente do exercício do poder em cada sindicato, em cada bairro, aldeia, vila ou cidade.
O povo árabe líbio está pagando com sangue um preço muito alto pela sua liberdade e soberania. Milhares de mortos, crianças traumatizadas por vôos rasantes de aviões da Otan que diariamente lançam bombas nas cidades e nos campos. A munição radioativa das bombas lançadas sobre a Líbia – infelizmente - farão mais vítimas civis inocentes e indefesas ao longo dos próximos anos.
No balanço geral, podemos ter a certeza que a Líbia deu e continua dando exemplos memoráveis ao mundo. Além de resistir heroicamente, transformando cada cidadão líbio em um Omar Moukhtar, um “leão do deserto”, um Muamar Kadafi, ainda prestou o grande benefício de abrir os olhos da humanidade para os verdadeiros terroristas e criminosos do mundo: os governantes corruptos das potências ocidentais; os sistemas podres de governos; a imprensa mercenária; os militares a serviço das indústrias bélica e petrolífera.

José Gil

Um comentário:

  1. Os EUA, França, Itália e Inglaterra, esqueceram-se de que a Líbia é um País tribal e que nunca aceitaram colonização. São bravos guerreiros Tuaregues e de outras tribos, juntamente com o povo líbio, que vão vencer rebeldes, mecenários e invasores.Que vergonha para essas nações que se dizem desenvolvidas, se utilizando de recursos medievais para massacrar o povo líbio. Os governos não passam de fantoches, dos grandes empresários da indústria bélica e de petróleo. Dar pena ver Obama, que parecia tão independente. Hoje dominado.

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