terça-feira, 4 de outubro de 2011

Líbio casado com brasileira é morto após ataques da Otan




Os sucessivos e constantes ataques terroristas da Otan na Líbia causaram a morte do líbio Wael El Faresi, casado com a brasileira (de origem jordaniana) Manahll.

Os bombardeios da Otan na cidade de Trípoli, danificando a rede hospitalar, causaram a morte de centenas de civis inocentes líbios, entre eles o médico veterinário Wael El Faresi, formado na USP. Integrante da coordenação internacional do Movimento Democracia Direta, Wael visitava o Brasil quase que anualmente para manter contatos com movimentos locais, sindicatos e associações de trabalhadores.
Nas reuniões das quais participava em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, Wael falava sobre o modelo de democracia direta praticado na Líbia, através da Terceira Teoria Universal – O Livro Verde. O Poder Popular construído na Líbia é um sistema de governo onde o povo governa diretamente, sem intermediários, sem políticos. Cada bairro, sindicato, associação de moradores ou trabalhadores, tem sua participação nos Comitês e Congressos Populares, ensinava Wael em português fluente.
Dilma de Cássia Melo esteve na Líbia algumas vezes, e conta que quando passava na frente da sede da coordenação do Movimento Democracia Direta, “chegava a ser engraçada a forma como as pessoas cumprimentavam e saudavam o Wael, com muita alegria. Ele era muito querido por todos que o conheceram”.
José Gil conta que “o Wael era muito brincalhão, sempre estava de bom humor, mas tratava com seriedade os temas de libertação dos povos através da construção do Poder Popular, a necessária construção da Era das Massas, onde o povo tem o poder e as armas, e não uma minoria privilegiada a serviço de interesses estrangeiros”.
Wael morreu combatendo pela libertação da Líbia. Morreu praticando aquilo que defendia com ensinamentos e palavras.
Os covardes assassinos que o mataram (pilotos norte-americanos, ingleses ou franceses da Otan) tiveram o trabalho de apenas apertar um botão que disparou a bomba que matou dezenas de pessoas. Esse ato covarde de apertar um botão e espalhar a morte foi executado por mercenários a serviço do roubo das riquezas naturais da Líbia. Para defender seu povo do colonialismo, dos novos cruzados, das tropas estrangeiras que atacam a Líbia com apoio de traidores, Wael pegou em armas e lutou o combate dos justos, o combate dos heróis internacionalistas que doam a própria vida para libertar o povo.
Wael El Faresi tombou em combate, como fazem os homens honrados e valentes. Ele provou que é descendente da histórica e corajosa luta de Omar Moukhtar e de Muamar Kadafi.
Todos aqueles que conheceram Wael El Faresi sabem que ele era um homem especial, um homem bom, honrando, valente. Para honrar sua memória devemos reforçar a luta de solidariedade à luta de libertação na Líbia.
O país foi e continua sendo atacado por uma união criminosa de 40 países através da Otan, a serviço de interesses imperialistas dos governos dos EUA, França e Inglaterra. A luta de libertação na Líbia está apenas começando e Muamar Kadafi é o líder do povo líbio na luta contra as potências estrangeiras, que serão derrotadas, como foram derrotadas por Omar Moukhtar, pela Revolução Al Fateh e pelo líder Mumar Kadafi.

Nas fotos acima, Wael ao lado de Dilma de Cássia, e os filhos de Wael.

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