segunda-feira, 10 de outubro de 2011

400.000 líbios fugiram para a Tunísia no mês de setembro


Cerca de 10.000 líbios por dia cruzaram a fronteira com a Tunísia, para fugir dos bombardeios da Otan e dos massacres e saques promovidos por rebeldes apenas no mês de setembro. De acordo com a TAP, a cerca de 10 mil líbios na Tunísia estão entrando todos os dias através da fronteira de Ras Jedir.
O afluxo de cidadãos líbios para a região de Ras Jedir continua em uma taxa significativa, enquanto aumentam os problemas de falta de água, luz, energia elétrica e combustíveis na maioria das cidades líbias.
A mesma fonte indica que os confrontos eclodiram ao longo do tempo, entre os rebeldes que controlam a posição de Ras Jedir o lado da Líbia, e tunisianos. Uma situação que requer forças de segurança tunisianas disparando para o ar para dispersar a multidão. Estes confrontos têm repetidamente realizado o fechamento temporário da passagem e implantação de unidades do exército nacional para prestar assistência de emergência.
Em outra frente, o campo de Ben Guerdane Shusha (sudoeste da Tunísia) o número de refugiados estrangeiros diminuiu para 3400. Para a Argélia fugiram em média 3.000 pessoas por dia.
Na fronteira com o Egito, Sudão e Chade, o número de refugiados líbios se aproxima de 10.000 pessoas atravessando as fronteiras diariamente para fugir da “proteção da ONU, através das bombas da Otan”, relatou Osama Ganai, um beduíno que cruza a fronteira com o Egito todas as semanas para comprar e vender produtos.
Ainda no mês de setembro dezenas de barcos com refugiados líbios naufragaram no mar Mediterrâneo, muitos foram abatidos por navios italianos e franceses, para que os refugiados não chegassem à Europa. Esses naufrágios de civis indefesos ultrapassam 10 mil mortos.
Estes números comprovam que a decisão das Nações Unidas para impor uma zona de exclusão na Líbia, interpretada pela Otan como declaração de guerra ao povo árabe líbio para derrubar um governo legítimo, resultou não na proteção à população civil, mas no maior crime contra a humanidade dos últimos tempos.
Esse crime de lesa humanidade foi cometido pelas maiores potências imperialistas e colonialistas do planeta: Estados Unidos da América, França e inglaterra, com a cumplicidade criminosa dos governos integrantes da Otan. É um crime que não será esquecido pelos povos do mundo. A Líbia, com pouco mais de 6 milhões de habitantes, enfrenta a maior força militar do planeta e a maior máquina de guerra da história da humanidade, com o único objetivo de roubar as riquezas naturais do país, às custas do sangue de milhares e milhares de inocentes.

Um comentário:

  1. Um dos maiores crimes contra a humanidade.
    Qualquer tanto que o Kadafi possa ter errado
    na vida a OTAN ultrapassou e muito.

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