terça-feira, 22 de março de 2011
Ataque à Líbia: a mídia e suas lições para manipular a opinião pública
Pela terceira noite seguida aviões militares dos Estados Unidos, Inglaterra e França bombardearam as principais cidades da Líbia. Não satisfeitos em atacar as cidades, estão bombardeando até os pequenos povoados. O porta-voz do governo líbio Moussa Ibrahim disse em uma entrevista coletiva que a cidade de Sebha, no sul do país, foi atacada na segunda-feira. Ele disse que a coalizão também atacou "um pequeno porto pesqueiro" conhecido como Área 27, perto de Trípoli.
Enquanto prossegue o ataque terrorista e sanguinário, a mídia ocidental não mostra as imagens de civis assassinados pelas forças de coalizão. É parte da estratégia dos criminosos evitar que a opinião pública mundial tenha acesso às cenas de chocantes de crianças e idosos assassinados pela coalizão de facínoras, transvestidos de governos democráticos, a serviço da indústria petrolífera.
O mundo inteiro sabe que esta guerra de agressão é apenas para roubar petróleo. Repete-se indefinidamente a estratégia de saquear os recursos naturais dos pequenos povos através da pilhagem e do assassinato em massa. Para tentar disfarçar a ação criminosa, os terroristas norte-americanos, ingleses e franceses falam em “mandato das Nações Unidas” para criar uma zona de exclusão aérea. A zona aérea é apenas uma desculpa para bombardear todas as cidades da Líbia? E se era para protegera população civil de Benghazi, porque bombardear o país inteiro? O objetivo é claro, é o mesmo objetivo das forças estrangeiras terroristas no Iraque: destruir toda a infraestrutura do país, levar empresas norte-americanas, inglesas e francesas para a reconstrução do país, e roubar o petróleo.
Esta coalizão internacional não passa de uma quadrilha de criminosos onde os EUA, França e Inglaterra são os beneficiários do saque, e os demais países são cúmplices a serviço dos poderosos.
Onde estão os mortos dos ataques?A mídia ocidental esconde e ninguém se pergunta onde foram parar as centenas ou milhares de mortos, vítimas da cobiça e do imperialismo francês, norte-americano e anglo-saxônico. Os mortos não desaparecem no ar. Estão nos necrotérios, nos cemitérios e nos hospitais, e são milhares. O sangue dos inocentes está sendo drenado pelas areias do deserto para garantir o caviar dos capitalistas e dos políticos e militares corruptos da França, Inglaterra e Estados Unidos.
Para não fugir do óbvio, a mídia ocidental fala em “ataques ao ditador”, como se todas as pessoas fossem idiotas e não percebessem que um ataque à maioria das cidades do país não pode ser um ataque a uma pessoa, um líder. O ataque é generalizado e o objetivo não é a zona de exclusão.
As hienas da coalizão nem bem começaram a completar o trabalho sujo de destruição de um país e já começam a brigar entre si pelo espólio do saque. Alguns países da chamada coalizão ameaçam sair caso não tenham seus interesses imediatos atendidos.
Ao chamar o líder Muamar Kadafi de ditador a mídia ocidental procura esconder alguns fatos que não podem ser negados, porque fazem parte das estatísticas sociais da Nações Unidas: a Líbia tem o maior IDH da África, maior que o do Brasil, Argentina e alguns países europeus. É uma prova de que as riquezas do petróleo líbio beneficiaram a população, e um ditador não faria isso. Os reis árabes que construíram os piores índices de IDH do mundo não são incomodados porque são aliados dos Estados Unidos da América.
Quando os EUA atacaram o Iraque contavam com a ingenuidade de parte da população iraquiana, que tinha sonhos de democracia no modelo norte-americano. Hoje, entretanto, todos os povos do mundo sabem que tudo não passou de uma armadilha: o Iraque teve sua infraestrutura destruída, o povo não tem água, luz, combustíveis. O petróleo iraquiano está sendo roubado pelos norte-americanos. O país foi e continua sendo saqueado impunemente, diante do silêncio criminoso da ONU. E isso o povo líbio jamais permitirá.
Sob a liderança de Muamar Kadafi a população se prepara para uma longa guerra contra as maiores potências do mundo. O povo está unido na defesa da soberania do país, e se a vitória do povo foi possível no Vietnã, será também na Líbia.
José Gil
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Eu fico extasiado ao ler um texto assim, e extremamente fulo da vida ao perceber tanta gente assim que se aliena à mídia comprada e aceita os EUA com bom coração, dizendo que levam o "sonho da democracia", com "dignidade" e "dever", como li no twitter outro dia, de um usuário que se dizia da "União de Estudantes da Líbia". BLASFÊMIA!
ResponderExcluirLamentável, mas a luta não deve parar!
ResponderExcluirO melhor será que os corajosos líbios mandem de volta pra casa a maior quantidade possível de ocidentais que estão bombardeando um país para defender os direitos humanos!
Até quando a humanidade será essa mistura de apatia, alienação, busca desenfreada pelo lucro e desejosa de guerras?
Onde foi que erramos?
O Iraque não está aí para servir de prova?
Vida longa ao povo da líbia e que eles mandem pra bem longe os "rebeldes" que marcham sobre a bandeira de uma monarquia corrupta pró-ocidente!