sábado, 26 de março de 2011

A Europa pode ser alvo de mísseis a qualquer momento


Em conseqüência da irresponsabilidade política e militar da coalizão, a Al Qaeda prepara o lançamento de mísseis a qualquer momento contra países da Europa. Esses mísseis foram capturados de arsenais líbios por combatentes da Al Qaeda, revelou o presidente do Chade, Idriss Deby Itno ao jornal africano Jeune Afrique: "Os extremistas da Al-Qaeda aproveitaram o saque de arsenais na zona rebelde para aquisição de armas, incluindo os mísseis terra-ar, que foram contrabandeadas para seus santuários em Tenere", uma região do deserto do Saara que se estende desde nordeste do Níger a oeste do Chade.
O presidente do Chade completou: "Isso é muito grave. A al-Qaeda do Magreb Islâmico está se tornando um verdadeiro exército, dos mais bem equipados da região", disse ele.
Em outra parte da entrevista, o presidente do Chade, apoiou a afirmação de seu vizinho e inimigo de outrora o líder Muamar Kadafi, que os protestos na Líbia, têm sido em parte devido à al-Qaeda: "É certo de que al-Qaeda do Magreb Islâmico tomou parte ativa no levante."
Depois de anos de tensão entre os dois países, que estiveram em guerra durante parte da década de 1980, Deby, mais recentemente, mantinha boas relações com a Líbia.
O líder chadiano descreveu a intervenção militar internacional na Líbia, lançada há uma semana pelos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, como "uma decisão precipitada. Poderá ter pesadas conseqüências para a estabilidade da região e no alastramento do terrorismo na Europa, no Mediterrâneo e no resto de África", advertiu.
Deby negou afirmações de que tinha sido recrutado mercenários no Chade para lutar por Kadafi, embora alguns dos milhares de cidadãos do Chade na Líbia podem ter se juntado à luta "por conta própria."
A al-Qaeda do Magreb Islâmico surgiu como um movimento de resistência armada islâmica contra o governo argelino secular. Hoje, atua principalmente na Argélia, Mauritânia, Mali e Níger, onde atacou alvos militares e civis reféns.
A preocupação no Norte da África é de que os ataques a serem deflagrados contra a Europa pela al-Qaeda do Magreb Islâmico sejam atribuídos erroneamente à Líbia, para tentar justificar maior agressão por parte das forças estrangeiras de coalizão, que já estão promovendo um banho de sangue na Líbia.

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