O líder Muamar Kadafi durante pronunciamento à TV líbia ameaçou as forças aliadas com uma resposta militar frente ao bombardeio da coalizão internacional contra o território da Líbia, e assegurou que “o Mediterrâneo e a África do Norte se converteram em zona de guerra”. Ele anunciou que os depósitos de armas líbias se abrirão imediatamente para armar a população com a finalidade de defender o país.
Kadafi fez uma convocação às nações árabes e aos povos da América Latina, Ásia e África para apoiar o povo líbio diante de uma “nova agressão imperialista”. “O povo líbio convida os povos e as nações árabes e islâmicas, assim como os povos da América Latina, Ásia e África a apoiar os heróis do povo líbio”.
Ele advertiu os países que apóiam a ação militar da coalizão internacional em seus ataques iniciados neste sábado “estarão expostos ao perigo dos interesses dos países imperialistas. Esta é uma grande agressão imperialista, uma verdadeira Cruzada capaz de desatar uma guerra generalizada. Vamos abrir todos os arsenais e armar o povo líbio com todos os tipos de armas para que defendam a Líbia e sua honra”.
Kadafi também destacou que em consequencia dos ataques à Líbia usará seu direito de autodefesa conforme determina o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, e ressaltou que as operações aliadas são injustificadas e criarão as bases para o nascimento de uma guerra religiosa.
Governo denuncia mortos e feridos por ataques estrangeirosO governo da Líbia denunciou neste sábado que centenas de civis foram feridos e algumas dezenas foram mortos durante a ofensiva militar estrangeira contra a Líbia, mesmo após o país anunciar um cessar-fogo e convidar a comunidade internacional a enviar observadores para constatar a situação do país.
O enviado especial da teleSur (televisão venezuelana) a Trípoli disse não saber o número exato de vítimas fatais, mas verificou que todos os hospitais de Trípoli estão abarrotados de civis feridos pelos ataques da coalizão. Disse que todos os meios de comunicação da Líbia estão mostrando imagens fortes dos feridos, na maioria vítimas civis, declarando apoio ao líder Muamar Kadafi em seus leitos nos hospitais.
Neste domingo os jornalistas venezuelanos serão levados às zonas atingidas pelos bombardeios. Eles afirmaram que está crescendo em todas as cidades líbias as manifestações de repúdio à agressão militar estrangeira. “Centenas de pessoas estão de mãos dadas cercando a casa do líder Muamar Kadafi para servirem de escudo humano, embora Kadafi tenha pedido que elas se retirem para suas casas, mas os manifestantes líbios demonstram estar disposto a sacrificar as próprias vidas em defesa do líder”.
Até o momento foram registrados ataques e bombardeios nas cidades de Zuara (oeste), Trípoli e Benghazi.
União dos Estados Africanos repudia ataques à LíbiaA comissão designada pela União Africana (UA) para encontrar uma solução para a crise na Líbia rejeitou neste sábado "qualquer intervenção militar estrangeira" no país.
O presidente da Mauritânia, Mohammed Ould Abdelaziz, anunciou a posição no começo do encontro deste sábado em Nouakchott entre os cinco chefes de Estado africanos (Mauritânia, Mali, África do Sul, Uganda e República Democrática do Congo) que fazem parte da comissão.
Abdelaziz lembrou que tal posição foi confirmada pelo comunicado da última reunião do Conselho de Paz e Segurança da UA em Adis Abeba e assinalou que qualquer solução à crise 'deve ser conformada com o compromisso com o respeito da unidade e da integridade territorial da Líbia'.
"De maneira responsável e eficaz, devemos tomar nota desta nova evolução e coordenar melhor nossos esforços com todos os nossos parceiros e todas as partes implicadas para chegar a uma rápida solução desta crise", considerou Abdelaziz em seu discurso.
Diversos países manifestam apoio à LíbiaO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, condenou a ofensiva militar ocidental contra a Líbia, acusando os EUA e seus aliados europeus de atacar o país para dividir, posteriormente, o seu petróleo. "Mais mortes, mais guerra. Eles são especialistas em guerra", disse Chávez. "Que irresponsabilidade. E, por trás disso, encontramos as mãos dos EUA e dos aliados europeus".
O cubano Fidel Castro manifestou preocupação similar em sua coluna escrita antes dos primeiros bombardeios.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, adotou a mesma linha ao acusar as potências mundiais de estarem com um olho voltado para as reservas de petróleo do país localizado no norte da África. "Eles querem dividir o petróleo líbio. As vidas do povo líbio não importam para eles", continuou. "É lamentável que, mais uma vez, a política voltada para a guerra do império ianque e dos seus aliados seja imposta, e que as Nações Unidas manifestem apoio à guerra, o que infringe seus princípios fundamentais, em vez de formar uma comissão que atue na Líbia".
A Rússia lamentou a "intervenção armada estrangeira na Líbia" em um comunicado do porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores, Alexandre Loukachevitch: "Moscou lamenta esta intervenção armada efetuada com base na resolução 1973 da ONU adotada apressadamente", disse o porta-voz ao pedir um "cessar-fogo o mais rápido possível".
"Estamos convencidos de que, para solucionar de maneira estável o conflito interno na Líbia (...), é preciso deter rapidamente o derramamento de sangue e promover o diálogo entre os líbios".
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As causas deste ataque e a implantação do Governo Mundial e a Libia ,Cuba , Venezuela são entraves a isso eles querem zero de oposição vejam em
ResponderExcluirwww.resistenciabr.org
É triste ver uma cruzada dessas em pleno século XXI, onde as informações chegam a todos, mas a maioria se conforma com o que lhes é entregue de mão beijada, pelas agências de notícias americanas/europeias. E a passagem do obama pelo brasil cegou ainda mais nosso hipnotizado povo.
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