segunda-feira, 21 de março de 2011
Ataques à Líbia: política da coalizão é hipocrisia e terror
O Pentágono distribuiu nota à imprensa internacional, através das agências de notícias, informando que o chefe das Forças Armadas do Reino Unido, general David Richards, afirmou nesta segunda-feira (21) que o líder Muamar Kadafi, "absolutamente não era" um alvo da ação militar no país africano. Richards disse que não havia permissão para atacar Kadafi, de acordo com a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovando ações militares na Líbia, que pede ações para proteger civis. A ONU aprovou a criação de uma zona de exclusão, mas os militares norte-americanos, ingleses e franceses estão atacando com força total diversas cidades líbias. A hipocrisia é flagrante: não havendo autorização para assassinar civis indefesos, porque as tropas da coalizão bombardearam hospitais, bairros residenciais e prédios públicos na Líbia?
O general falou após o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, recusar-se a descartar um ataque aéreo que poderia atingir especificamente Kadafi. Mas Richards descartou qualquer tentativa de atacar o líder líbio. "Absolutamente não. Isso não é permitido na resolução da ONU e não é algo que quero discutir mais", disse o general à rede BBC. Quanta hipocrisia... Os ataques tem sido aleatórios, sem a chamada “precisão cirúrgica” que a imprensa gostava de repetir nos ataques ao Iraque, e que se revelaram verdadeiros massacres contra a população civil iraquiana.
Em entrevista mais cedo à rádio da BBC, Hague recusou-se a falar sobre detalhes de alvos militares. Diante das provas contundentes dos ataques à população civil da Líbia, não há muito o que dizer. Questionado sobre se as forças de segurança poderiam matar Kadafi, Hague afirmou: "Eu não vou especular sobre alvos. Isso depende das circunstâncias na hora."
O ministro da Defesa, Liam Fox, disse ontem que Kadafi poderia ser um alvo legítimo da ação internacional. Mas ressaltou que seria preciso avaliar os riscos de mortes de civis em uma ação do tipo.
Trata-se de assassinos fardados a serviço da indústria petrolífera mundial, especificamente da Shell, Esso e Texaco. É uma guerra por petróleo. O desastre na usina de Fukushima no Japão colocou em xeque a energia gerada por usinas nucleares, que abastecem quase 100% dos lares franceses. Sem as usinas nucleares a França entra em colapso energético, e antes que isso ocorra, o presidente Sarkozy decidiu atacar e invadir a Líbia.
A mídia ocidental está cumprindo seu papel de porta-voz dos mercenários estrangeiros que estão atacando a Líbia. A opinião pública internacional precisa saber que tudo que é publicado na chamada grande imprensa é lixo, é matéria encomendada pelo Pentágono e pelo governo francês. As milhares de vítimas – civis indefesos – atacadas em suas próprias casas, nas escolas e locais de trabalho na Líbia, estão sendo vítimas da indústria bélica e petrolífera, e também da indústria de informação.
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