segunda-feira, 28 de março de 2011

Terrorismo não pode. Terrorismo de Estado, pode.



Nas últimas décadas estamos assistindo a decadência da nossa civilização. Os rios foram transformados em esgotos a céu aberto, e agora os mares estão se tornando em enorme lixeira. Aquele que é flagrado jogando um papel na calçada é repreendido por todos, mas o político corrupto que rouba o dinheiro público e não faz leis para impedir poluição é aclamado pela mídia.
Países que desenvolvem usinas nucleares e enviam os resíduos radioativos para depósitos em países subdesenvolvidos são considerados “civilizados”.
O terrorismo há muito tempo serve de chantagem eleitoral nos Estados Unidos da América e na Europa. Os atuais governantes desses países fazem do combate ao terrorismo uma plataforma de campanha eleitoral, e uma vez no poder, são os primeiros a promover o pior de todos os terrorismos, o mais nefasto de todos os terrorismos: o terrorismo de Estado.
Terrorismo deve ser execrado e combatido, quaisquer que sejam as suas formas. Mas não podemos confundir – fazer o jogo dos maiores criminosos – terrorismo com luta por libertação. Quando um país ou um povo (palestino, iraquiano, afegão, paquistanês, líbio) luta por libertação, não pode ser chamado de terrorista. Nelson Mandela foi preso acusado de terrorismo, e ao ser libertado foi o melhor presidente da África do Sul de todos os tempos. Na época do apartheid, apenas os governos dos EUA e Israel apoiavam o regime segregacionista na África do Sul, e chamavam os combatentes de “terroristas”.
Hoje em dia os maiores terroristas da humanidade, os governos mais criminosos e canalhas, estão unidos da OTAN – União do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e para justificar suas ações terroristas, contam com o apoio incondicional das Nações Unidas.
Todos os dias o porta-voz da OTAN vem à imprensa afirmar que assassinaram dezenas de camponeses no Afeganistão, no Paquistão, no Iraque, “por engano”. Pedem desculpas e seguem com seus ataques criminosos.
Em março de 2011 as forças da OTAN, os governos dos EUA, França e Inglaterra promovem terrorismo de Estado, diáriamente, contra a população civil na Líbia, no Iraque, Afeganistão e Paquistão. Todos os dias Israel promove terrorismo de Estado, bombardeia ou manda assassinar a população palestina na Faixa de Gaza e territórios árabes ocupados.
Diante do terrorismo de Estado a população não tem defesa. Os grandes veículos de comunicação apóiam e justificam as ações dos terroristas estatais porque recebem vultuosos financiamentos, ajudas econômicas, para recompensar sua cumplicidade no derramamento de sangue de civis indefesos.
As indústrias bélicas e petrolíferas financiam os políticos dos EUA e Europa, para – em troca – receber apoio na expoliação e no roubo das riquezas naturais dos pequenos países.
Uma grande parte da opinião pública mundial é manipulada e conduzida a apoiar os terroristas de Estado. E ao fazer isso está colocando munição nas armas dos maiores criminosos da humanidade.
Diariamente milhares de civis indefesos – velhos, crianças, homens e mulheres – tombam ensangüentados nos campos e nas cidades de diversos países.
Diariamente milhares de pessoas são covardemente assassinadas para manter o modo de vida luxuoso de uma elite corrupta e corruptora nos EUA e Europa.
Diariamente milhares de pessoas são eliminadas, sem nem ao menos saberem onde fica Wall Street, sem saber o que significa um banqueiro sionista, ou um racista anglo-saxão ou norte-americano. E são justamente as pessoas mais inocentes que tombam na guerra desigual – como todas as guerras – por cobiça, dinheiro e petróleo.
Embora cristão, tenho que concordar com o falecido imãn Komeini: “Os Estados Unidos da América são governados pelo demônio”, e devemos acrescentar: “e os financistas, banqueiros, políticos, militares e imprensa são seus profetas”.

José Gil

Nenhum comentário:

Postar um comentário